A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) protocolou queixa-crime por difamação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura atos do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Coronel Luciano Zucco (Republicanos-RS). A psolista se sentiu desrespeitada depois que Zucco perguntou se ele gostaria de um hambúrguer durante discussão entre os dois na comissão. Apoiada por colegas governistas, ela afirma que foi vítima de “gordofobia” e “machismo”. Já o parlamentar da oposição sustenta que é constante alvo de “ataques e provocações baixas” que citam nome de familiar do parlamentar, atualmente submetido a tratamento quimioterápico devido a um câncer.
“Desde o início dos trabalhos, a CPI do MST tem se pautado estritamente pela veracidade dos fatos. Não admitimos narrativas de qualquer natureza. Dessa forma, as ações e declarações da deputada Sâmia Bomfim podem ser verificadas pelos inúmeros registros de áudio e vídeo das sessões. Calúnias, injúrias e difamações de toda a natureza, emitidos em desfavor de diversos integrantes deste colegiado, estão devidamente catalogados e embasam as ações na Corregedoria e no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, bem como junto à defesa pessoal deste parlamentar que se faça necessária nas instâncias do Judiciário”, disse Zucco, em nota.
Sâmia afirma que a insinuação de Zucco é uma “inverdade” com o “nítido intuito de macular a honra e a imagem” dela, o que configuraria crime de difamação. A deputada diz que “jamais proferiu qualquer menção ao irmão do deputado, seja durante reunião de comissão, seja fora da esfera de atuação parlamentar”. A deputada pede que a queixa-crime seja recebida para apurar suposto crime de difamação e pede a fixação de um valor-mínimo para reparação.