Celebridades

Velório do diretor Aderbal Freire-Filho acontece nesta quinta no Teatro Poeira

Ele morreu aos 82 anos após complicações de saúde de um AVC, sofrido em 2020. Após velório, Aderbal será cremado.

Aderbal Freire-Filho — Foto: Reprodução/g1

O diretor teatral, ator e apresentador de TV Aderbal Freire-Filho será velado nesta quinta-feira (10) no Teatro Poeira, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Ele morreu na quarta-feira (10) no Hospital Copa Star, onde estava internado para tratar complicações de saúde oriundas de um AVC.

O Teatro Poeira é de propriedade das atrizes Marieta Severo – mulher de Aderbal -, e Andrea Beltrão, e também já teve curadoria do diretor. O local será aberto para que amigos, familiares e fãs possam prestar uma última homenagem ao diretor.

O velório será das 10h às 14h e, após esse momento, o corpo segue para o Memorial do Carmo, no Caju, onde será cremado em cerimônia restrita à família.

Aderbal Freire-Filho tinha 82 anos e estava internado no Hospital Copa Star. Ele sofria complicações no estado de saúde desde 2020, quando sofreu um AVC hemorrágico.

Artista ousado
Desde o início dos anos 2000, ele era casado com a atriz Marieta Severo, com quem teve várias parcerias profissionais de sucesso.

Era conhecido pela ousadia nas montagens — e também por defender a integração do teatro brasileiro com o de outros países sulamericanos.

Nascido em Fortaleza, Aderbal se formou em Direito, mas, desde os anos 1950, fazia parte de grupos de teatro. Sua primeira direção é “O Cordão Umbilical”, de Mario Prata, em 1972. Um ano depois, dirigia um de seus grandes sucessos: o monólogo “Apareceu a Margarida”, de Roberto Athayde, estrelada por Marília Pêra.

Aderbal também criou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (1989-2003) e foi membro do Conselho Diretor do Festival Ibero-americano de Teatro, de Cádiz, Espanha. Coordenou a comissão que criou o curso de direção teatral da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Entre as peças que escreveu, estão “Lampião, rei diabo do Brasil” (1991), “No verão de 1996” (1996), “Xambudo” (1998), “Isabel” (2000) e “Depois do filme” (2011).

Na TV Globo, dirigiu “Tapas e Beijos” e atuou em “Dupla identidade”.

“Era um cara de teatro incrível, que te ajudava a parir uma cena, que tinha um conhecimento de palco, de personagem extratordinário. Estou aqui pensando muito na querida Marieta Severo, que encontrou nele um parceiro de palco, de vida, de profissão. Ele foi curador do Teatro Poeira, que é um teatro incrível que ela mantém com a minha irmã Andréa Beltrão”, diz a atriz Fernanda Torres.
“Então, não posso falar do quanto pessoas como Aderbal e os irmãos dele Domingos Oliveira, Paulo José, de quanto essas pessoas me influenciaram, me iluminaram e hoje estão juntas lá provavelmente bebendo e comemorando a vida deles todos”, acrescentou.