Um advogado de 34 anos afirma que foi dopado por um grupo em um bar na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, e teve a mochila com notebook, headphone, celular e carteira com cartões bancários levados, além de R$ 15 mil sacados de sua conta, na sexta-feira (11).
Na terça-feira (15), a vítima acionou o rastreador do aparelho celular e o localizou na Praça da Sé, no Centro. Ao ver o suspeito, o advogado chamou a Guarda Civil Metropolitana. Ao lado da pessoa que estava com o celular, ele fez uma ligação, e o aparelho tocou no bolso do homem.
Com o homem estavam os cartões do advogado e de outras pessoas, aparelhos de celular, uma maquininha de cartão e R$ 4.200 em dinheiro.
À TV Globo, a vítima contou que saiu do trabalho e foi ao bar desacompanhada tomar uma cerveja. Como era um bar aberto e começou a chover, três homens, que aparentavam ter aproximadamente 50 anos, ofereceram um lugar na mesa deles.
“Eu, sem maldade nenhuma, acabei indo, sentei na mesa, mas continuei tomando a minha cerveja, e eles tomando a cerveja deles lá. Num determinado momento, eles até me ofereceram, eles disseram que era uma cachaça que era de Minas, porque eu sou de Minas Gerais, e eu recusei, falei que não tomo cachaça e continuei”, lembra.
O grupo conversou até o advogado ir ao banheiro e retornar. Ele acredita que algo foi colocado na bebida nesse meio-tempo. A vítima conseguiu recuperar uma foto que tirou com o grupo enquanto conversavam.
“Apaguei e acordei no mesmo local, no mesmo bar, mas já estava com as portas fechadas, não havia mais nenhum cliente no estabelecimento. Não recolheram nem a minha mesa, não recolheram a minha cadeira, não me acordaram, e eu só acordei sem a minha mochila. Na minha mochila tinha um notebook, que é da empresa, levaram o meu celular, pegaram minha carteira e levaram os meus cartões, a minha OAB, deixaram apenas a minha CNH na minha carteira.”
Ele conta que acordou ainda sob efeito da substância, contou com a ajuda de um desconhecido, que pediu um táxi para a vítima voltar para casa. No outro dia, ele registrou um boletim de ocorrência.
Segundo a vítima, eles usaram uma maquininha para fazer compras que chegaram a quase R$ 15 mil. Desde sábado, o homem acompanhou a localização do celular e pediu apoio da GCM para fazer uma abordagem em flagrante.
“A gente fica triste, impotente. E a gente fica com uma sensação mesmo de que possa ter ali uma quadrilha envolvida. É um sentimento de impotência mesmo.”