Política

Wassef admite que foi aos EUA para recuperar Rolex, mas nega participação em ‘Operação Resgate’

Reprodução/TV Globo

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Em entrevista coletiva à imprensa, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, afirmou nesta terça-feira, 15, que foi aos Estados Unidos em março deste ano e comprou um relógio de pulso da marca Rolex. Porém, Wassef negou ter participado de uma operação de resgate de joias a mando do ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid. Um relógio da mesma marca foi dado à comitiva de viagem do ex-presidente ao Oriente Médio, e, de acordo com a Polícia federal (PF), a jóia foi vendida ilegalmente no país da América do Norte pelo então ajudante de ordens da presidência.

Frederick Wassef afirmou que a viagem aos Estados Unidos teve finalidade pessoal e foi marcada com antecedência. Segundo o profissional, a jóia foi adquirida com recursos próprios. “Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando comprei o relógio era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”, mas não forneceu mais detalhes aos jornalistas.

Ele ainda afirmou que a compra foi declarada à Receita Federal. “O governo do Brasil me deve R$ 300 mil”, afirma Wassef, enquanto mostra um recibo de compra no valor de US$ 49 mil. “Eu fiz o relógio chegar ao governo”, afirmou o advogado sem, no entanto, dizer o caminho feito pela joia para entrar no país.“A história que assessores me escalaram é falsa”, disse Wassef, que contou não ter proximidade com Cid. “Uma relação muito formal.” A preferência por pagar a vista, segundo o advogado foi o robusto desconto: “Consegui US$ 11 mil dólares [de desconto]. No Brasil, compra com cartão de crédito tem 5% de IOF”, explicou.