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Sem receber exames de Neymar, seleção brasileira teme ‘fator Jorge Jesus’ em relação com astro

Divulgação/Al-Hilal

Divulgação/Al-Hilal

A informação de que Neymar tem duas lesões diferentes na coxa direita e só poderia atuar em um mês, revelada nesta terça-feira (22) pelo jornal português “Record”, não é a mesma com que a seleção brasileira trabalha, segundo apurou a ESPN.

O periódico publicou detalhes dos exames que o Al Hilal realizou no astro brasileiro, em relatório que aponta um problema de menor gravidade, mas também um segundo que exige quatro semanas de recuperação. Acontece que nada disso chegou à CBF.

A comissão técnica agora liderada por Fernando Diniz vem mantendo contatos diretos com Neymar e ouviu do jogador que ele está bem. Foi por isso que ele foi convocado para os jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo contra Bolívia e Peru em setembro.

No final de semana, após Neymar ser apresentado como jogador do Al Hilal, o técnico da equipe saudita, Jorge Jesus, questionou o fato de o brasileiro ter sido chamado lesionado – o que motivou nota oficial da CBF dizendo que acompanha a situação física do atleta e mantendo sua convocação.

Há, no entanto, dois temores diferentes nos bastidores em relação à situação. O primeiro mais prático: a comissão já trabalha com a hipótese de não ter Neymar para a partida contra a Bolívia, algo que sequer imaginava na última semana, antes da publicação em Portugal.

A segunda é referente a Jorge Jesus. Internamente, a CBF teme que o técnico português possa afetar a relação que Neymar tem com a seleção brasileira.

Com passagem vitoriosa pelo Brasil, com o Flamengo entre 2019 e 2020, Jesus nunca foi visto com grande entusiasmo por nomes fortes dentro da CBF. Causou incômodo, por exemplo, o vazamento de informações sobre sua disponibilidade para assumir a seleção pentacampeã do mundo.

Agora, é justamente via Portugal, país de Jesus, que surge a informação teoricamente interna do Al Hilal, algo que não chegou nem mesmo para a própria seleção brasileira.

Neymar está afastado dos gramados desde o início de agosto, quando retornou de lesão ainda com o Paris Saint-Germain em amistoso com o Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul. Seu último compromisso oficial foi em fevereiro, contra o Lille, no Campeonato Francês, quando machucou o tornozelo direito e precisou passar por cirurgia.