Política

Com demora da reforma ministerial, CPI do MST volta a ter maioria da oposição

Myke Sena/Câmara dos Deputados

Myke Sena/Câmara dos Deputados

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) voltou a ser composta pela maioria da oposição. Em nova articulação, partidos do Centrão decidiram devolver a composição do colegiado integrantes com posições críticas ao governo.

Eles haviam sido trocados por parlamentares alinhados mais ao centro, em uma forma de agradar o Palácio do Planalto, que prometeu cargos e ministérios. No entanto, com a demora do anúncio da reforma ministerial, partidos como Republicanos, Progressistas e União Brasil se movimentaram na direção contrária. Assim, a oposição voltou a ser maioria na CPI do MST.

A nova mudança também prejudica o governo na votação do relatório final, que deve ser apresentado na próxima segunda-feira, 4, pelo relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP). No último dia 15, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o presidente da CPI, deputado federal Zucco (Republicanos-RS), revelou que o relatório final contará com o pacote “Invasão Zero” para maior punição a invasores.

Uma das penas previstas é a retirada de programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família. Outra é barrar invasores de nomeação a cargos públicos. O colegiado também trabalha com uma legislação sobre reintegrações de posse.

Zucco ainda confirmou que o documento terá indiciamentos e medidas objetivas contra invasões. “Este relatório está muito substancial e com grande materialidade dos fatos e dos crimes”, destacou.