Política

Cobrado pelo Centrão, Lula se reúne com ministro do Bolsa Família nesta quarta-feira

Valter Comparato/Agência Brasil

Valter Comparato/Agência Brasil

Alvo preferencial do Centrão, o petista Wellington Dias, ministro de Desenvolvimento Social, irá conversar, nesta quarta-feira (30), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o futuro da pasta.

Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que estão à frente da negociação da reforma ministerial, também estarão no encontro, marcado para ocorrer no Palácio do Planalto.

Entre os muitos desenhos, ganha força a alternativa de mexer nas pastas, criando novos ministérios com remanejamentos pontuais, sem que haja a necessidade de demitir ninguém.

O próprio Wellington Dias não perderia o posto de ministro, mas limitaria suas funções a uma pasta que cuidasse apenas do Bolsa Família. Todo restante do conjunto de projetos sociais iria para o Centrão, com o deputado federal André Fufuca (PP).

Além disso, na terça-feira (29), Lula anunciou que criará o ministério de Pequenas e Micro Empresas, que hoje está dentro da pasta de Desenvolvimento e Indústria, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

A CNN apurou que o Planalto já ofereceu essa nova pasta para negociadores do Centrão, que recusaram sob o argumento de que querem um ministério mais importante.

Nesse contexto, o ministro de Portos, Márcio França, assumiria a nova pasta, abrindo espaço para o deputado federal Silvio Costa (Republicanos).

O martelo não está batido. Lula quer fazer o que no Planalto, já há semanas, chamam de “conversas finais”.

Há quem diga no governo que o presidente “ainda não decidiu se dará o ministério inteiro, uma parte ou nada”, diante do alto nível de instabilidade das informações sobre como ficará a reforma.

Oficialmente, Fufuca e Costa Filho ainda não foram convidados para essas pastas, apesar da forte expectativa. A CNN também entrou em contato com Wellington Dias, que não respondeu.

Para o Centrão, ficar com a área social, ainda que perdendo o Bolsa Família, saciaria mais a fome por espaço. Associado a isso, está também ficar com o comando da Caixa.