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Juiz manda intimar envolvidos com a morte do filho de Cissa Guimarães se apresentarem em 15 dias para cumprir pena

No fim de julho, a 16ª Vara Criminal do Rio, determinou o cumprimento de um acórdão do STJ e a expedição da carta de execução da sentença definitiva que mandava os dois para o regime de prisão semi-aberto.

Treze anos após a morte de Rafael, que foi atropelado em um túnel na Zona Sul do Rio de Janeiro, os réus pelo crime vão voltar para a cadeia, em regime semiaberto.

Lívia Torres / G1

Roberto Bussamra e o filho Rafael na chegada à delegacia

No fim de julho, a 16ª Vara Criminal do Rio (onde Rafael e Roberto foram condenados em primeira instância em 2015), determinou o cumprimento de um acórdão do STJ e a expedição da carta de execução da sentença definitiva que mandava os dois para o regime de prisão semi-aberto.

Em um vaivém judicial, diferentes instâncias reduziram e aumentaram a pena dos condenados. Rafael Bussamra responde por ter atropelado Rafael em uma área que estava fechada para carros e Roberto Bussamra por corromper policiais militares que estiveram na cena do atropelamento.

Desde 2015, os advogados de Rafael Bussamra e do pai dele, Roberto Bussamra, foram até o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a prisão, mas os recursos se esgotaram, e os dois podem voltar para a cadeia — onde não ficaram nem sequer uma semana quando foram condenados.

O atropelamento

Rafael Mascarenhas foi atropelado na madrugada de 20 de julho de 2010 no Túnel Acústico — que hoje leva o nome do rapaz e une a Gávea ao Túnel Zuzu Angel, em direção a São Conrado.

Naquela noite, as galerias do Acústico estavam fechadas para manutenção, como ocorre periodicamente até hoje. O jovem e amigos aproveitavam essa interdição para andar de skate e ganhar velocidade no declive do túnel.

Mas Rafael Bussamra, segundo as investigações, fez um retorno na contramão justamente para pegar o trecho bloqueado a fim de ir para a Lagoa. Testemunhas ainda falam que ele estava fazendo um “pega” com amigos.

O Siena de Bussamra atingiu Mascarenhas a cerca de 100 km/h. O skatista foi lançado a 50 metros, e o carro ficou com o para-brisa e a frente destruídas. A vítima morreu horas depois.