O educador teria enviado mensagens de teor sexual nas redes sociais
Um professor de matemática da rede municipal de ensino da Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte de Alagoas, foi afastado de suas atribuições após uma aluna de 14 anos denunciar que foi assediada por ele nas redes sociais. O caso teria ocorrido na última quarta-feira (30), mas veio à tona nesta segunda-feira (04).
Em prints divulgados pela adolescente, o educador usa termos como “morena linda”, “tentação” e “gata” para se referir à estudante. Além disso, o professor chega a enviar o whatsapp para a menina e a oferecer um curso grátis para ela.
Ele ainda envia mensagens como “É uma das mulheres mais lindas da Barra, se você fosse de maior eu casaria com você”, “Eu amo a sua cor morena, seu sorriso, sua voz, seu corpo lindo e perfeito” e “Como foi bom sonhar com a morena mais linda da Ilha da Croa”.
As mensagens foram enviadas no mesmo dia para a estudante e ela não teria respondido a nenhuma delas.
De posse das mensagens, a mãe da menina procurou o Conselho Tutelar, que acompanha o caso; e também buscou a direção da escola, que por meio da Secretaria de Educação, afastou o professor e abriu um processo administrativo para apurar o caso.
O Conselho Tutelar informou que a mãe da adolescente já registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia da cidade e que a Polícia Civil vai investigar o caso. Além disso, o órgão já notificou o Ministério Público Estadual (MPE). O Conselho informou ainda que a menina já está recebendo acompanhamento psicológico.
Em nota, a Semed reiterou que não medirá esforços para colaborar com as autoridades e que tomará todas as medidas necessárias mediante o que permite o Estatuto do Servidor. Confira a nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria de Educação do município de Barra de Santo Antônio esclarece a sua atuação no caso de denúncia de “assédio sexual” de um professor contra uma aluna, em ambiente de rede social.
A Secretaria de Educação tomou conhecimento do caso na quarta-feira (30.08.2023) através da mãe da aluna em questão e do Conselho Tutelar, e imediatamente tomou as providências de afastamento do profissional e já abriu um processo administrativo para apurar o caso.
Gostaríamos de esclarecer que iremos realizar a investigação, que terá efeito apenas no âmbito administrativo, dentro do que for fornecido de material comprobatório, para que tomemos qualquer atitude em relação ao profissional da educação no que rege o Estatuto do Servidor Público.
Estamos em contato com o Conselho Tutelar e a família da aluna, dando todo o suporte necessário de acolhimento.
Não mediremos esforços para colaborar com as autoridades que vão apurar o caso e tomaremos todas as medidas necessárias mediante o que o Estatuto do Servidor nos permite.