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Mulher se passa por agente funerária e foge com o dinheiro do sepultamento de idoso

A família de um idoso denunciou ter sido vítima de um golpe de uma suposta funerária que foi contratada para realizar o sepultamento. De acordo com os parentes de Paulo Onofre Bittencourt, de 64 anos, uma mulher recebeu R$ 3,2 mil pelo sepultamento, mas fugiu com o dinheiro.

Paulo morreu no dia 30 de agosto no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio. Ele estava internado com pneumonia e teve complicações depois de sofrer uma infecção generalizada.

O hospital entrou em contato com a família para avisar da morte, mas os familiares dizem que houve um erro na hora de liberar o corpo para o sepultamento. Duas semanas após perder o pai, a empresária Fabíola Michelin ainda tenta superar o trauma.

Os familiares pagaram pelo serviço funerário, mas no dia e horário combinado para o enterro, o corpo não estava lá. Ao questionarem o cemitério, foram informados que alguém tinha ligado para cancelar. O nome informado não era compatível com o da funerária.

“A gente nunca imagina perder um ente querido, ainda mais perdê-lo duas vezes”, desabafa a filha. Logo após a notícia da morte, uma das filhas foi abordada por duas funerárias ainda no hospital.

Uma mulher que se identificou como Rita de Cássia e disse ser funcionária pública e agente funerária, realizou a negociação com os familiares.

“Nós acabamos fechando com a senhora Rita de Cássia que se encontrava no hospital, com crachá da prefeitura, com livre acesso ao hospital, todo mundo conhecia a senhora Rita dentro do hospital, disseram que estávamos em boas mãos”, relata Fabíola.

Eles procuraram a mulher identificada como Rita de Cássia, mas não tiveram informações de onde estava o corpo. A família voltou ao hospital para saber quem tinha retirado, mas o registro era do dia 28 de agosto, e não dia 30. Além disso, o livro do hospital dizia que era outra funerária.

“A gente não sabe como estava meu pai, onde estava meu pai, falaram que estava em um laboratório em Inhaúma, mas não tivemos acesso a esse laboratório”, relembra a empresária.