A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou um suposto encontro do ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Gonçalves Dias, com um assessor da relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Durante sessão do colegiado, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) usou o tempo de fala para indicar o suposto episódio. De acordo com o parlamentar, houve uma troca de mensagens entre G. Dias e outro militar, que segundo Filipe, tem contato com um assessor de Eliziane, indicando quais seriam as perguntas e as respostas que aconteceriam durante o depoimento do ex-ministro do GSI na comissão. O deputado do PL do Paraná ainda comparou as perguntas que constam nas mensagens e as feitas pela relatora no dia do depoimento.
“O relatório da senadora Eliziane Gama está eivado de um vício que não se pode ser sanado. Ela como relatora não podia se encontrar as escondidas, por meio do seu chefe de gabinete, com o depoente que estava aqui como testemunha ou investigado”, comentou Filipe Barros.
A relatora rebateu os comentários do deputado e negou qualquer acerto de perguntas e respostas. “O que se tem de repetição de pergunta aqui nesse plenário não está no gibi. Eu perguntar se ele fraudou é a grande pergunta do debate. Todo levantamento é se ele tinha fraudado o documento. Eu não fazer essa pergunta que é elementar seria uma prevaricação da minha parte”, disse Eliziane.
No último dia 3, G. Dias admitiu que fez uma avaliação errada dos acontecimentos que causaram as depredações na Praça dos Três Poderes em 8 de Janeiro.