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Idosa é baleada por não ligar pisca-alerta do carro ao passar em região disputada por milicianos e traficantes

Ilustração

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Uma idosa de 77 anos foi baleada no pescoço, na tarde desta quarta-feira, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio — região disputada por traficantes e milicianos. Elisa Vieira Vaz foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campinho. Ela estava lúcida e contou a policiais militares que foi abordada por bandidos numa moto que disseram ter atirado porque o pisca-alerta de seu carro não foi ligado.

A abordagem à vítima ocorreu por volta das 16h30. Elisa passava pela Estrada da Chácara quando recebeu uma ordem de parada dos criminosos. Logo depois, ela ouviu tiros e percebeu que estava sangrando no pescoço.

Após contarem para a idosa o motivo de os disparos terem sido feitos, os bandidos pararam uma picape para socorrê-la. Da UPA, Elisa foi transferida para o Hospital municipal Salgado Filho e recebeu alta após ser atendida.

A Polícia Militar informou que policiais militares do 18° BPM (Jacarepaguá) faziam um patrulhamento na Rua Luís Beltrão com Rua das Rosas quando foram acionados por uma uma caminhonete que estava com uma mulher que havia sido atingida por perfuração de arma de fogo. Os agentes, então, levaram a vítima para a UPA. O caso foi registrado na 28ª DP (Campinho).

Disputa ocorre há anos
Há cerca de seis anos moradores da região da Praça Seca vivem em meio a uma disputa entre traficantes e milicianos há cerca de seis anos. A guerra leva terror, principalmente, a quem mora favelas da Chacrinha e do Bateau Mouche.

No último dia 1º, uma idosa morreu em casa, Rua Espírito Santo, acesso ao Morro do Divino, quando estava sentada no sofá. Martha Braz de Azevedo, de 66 anos, foi ferida no pescoço por uma bala perdida. O Corpo de Bombeiros foi até o local, mas ela já estava morta.

Dois dias antes de Martha ser baleada, uma criança também foi vítima de disparos na Praça Seca. A vítima teria sido atingida nas proximidades da Rua Barão. A PM informou que não havia operação no local no momento em que a criança foi atingida.