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Vereadora é vítima de sequestro com o marido e usa cortador de unha para escapar

Vereadora em Axixá do Tocantins (TO), Aurilene Silva (PT) é vítima de sequestro com a família — Foto: Reprodução

A vereadora Aurilene Silva (PT), do município de Axixá do Tocantins (TO), foi vítima, junto do marido e dos filhos (de 10 e 8 anos), de um sequestro na noite desta quarta-feira. Ao chegar à chácara em que morava, a 8 km do centro da cidade, ela foi abordada por dois homens que anunciaram o assalto, amarrando as duas vítimas e pedindo o celular de Aurilene, bem como a senha do aparelho para efetuar transações bancárias.

— Quando cheguei na minha residência, desci do carro para abrir a porteira. Foi o momento que eu vi os bandidos vindos em minha direção. Veio um, e outro ficou mais atrás. A minha reação foi correr e gritar muito. Meu marido não estava entendendo o que eu estava dizendo, como o vidro estava fechado. Ele saiu e entrou em confronto com o bandido. O bandido falou que era para ele se render, se não ia atirar na gente. Ele derrubou o meu marido no chão e amarrou ele — contou Aurilene ao GLOBO.

Em seguida, o casal foi levado para dentro da propriedade. No local, os criminosos perguntaram à vítima quanto em dinheiro que ela teria disponível para realizar uma transferência bancária para os criminosos.

Aurilene afirma ter respondido que tinha “entre R$ 3 mil e R$ 5 mil”. Nesse momento, o criminoso se aproximou dela e pediu que ela ficasse “tranquila”, porque ele não iria matá-los, pois a ação seria apenas um “recado”, um “aviso”.

— Ele ficou perguntando pelo meu celular, pela chave do Pix, se eu tinha dinheiro. Ele veio dizendo ‘calma, que não ia ferir ninguém’, que era um recado — conta Aurilene.

Em seguida, o suspeito trancou as vítimas em um quarto e deixou a propriedade, levando com ele uma televisão. Em seu relato, Aurilene conta que conseguiu se soltar deslizando as mãos e usou um cortador de unhas para soltar o marido.

— Consegui me soltar. Soltei o meu marido, com muita dificuldade. Ele tirou as dobradiças da porta e saiu pela porta da cozinha. Pulou o murozinho que tem e foi chamar ajuda. Ele foi no vizinho mais próximo, pegou uma moto e foi para o povoado chamar a polícia — disse.

À reportagem, Aurilene contou que ela e o marido ficaram com hematomas no corpo e afirmou que o carro da família foi jogado em um barranco. No boletim de ocorrência, ela disse suspeitar que o caso pode ter motivações políticas.