O “Sede de aprender: Água potável nas escolas”, iniciativa dos Núcleos de Defesa da Educação e do Patrimônio Público do Ministério Público de Alagoas (MPAL), visitou, nessa terça-feira (3), 4 unidades de ensino nos municípios de Quebrângulo e Paulo Jacinto. Não é a primeira oportunidade que o projeto inspeciona essas escolas e o objetivo, desta vez, foi constatar se os problemas encontrados anteriormente foram sanados.
As visitas foram coordenadas pelo promotor de justiça Kleber Valadares, que integra o projeto, pela promotora de justiça dos municípios já referidos, Jheise Gama, acompanhados dos parceiros Ministério Público do Trabalho e Instituto do Meio Ambiente.
Quebrângulo
A primeira parada foi na Escola Municipal Rodrigo Jacinto Tenório, em Quebrângulo, onde foi verificado que agora os estudantes têm acesso à água mineral, o que antes não acontecia. Além disso, verificou-se que os alimentos estavam todos dentro da validade.
Porém, constatou-se que os lixos produzidos pela referida unidade de ensino são queimados por não existir coleta seletiva no local. O MP tomará providências junto a prefeitura para que o problema seja resolvido.
Já na Escola Municipal de Educação Básica Jovelina Saldanha da Cunha Lima, localizada no mesmo município, está sendo construída a cobertura do ginásio de esportes e todas as salas foram climatizadas. Verificou-se, porém, que o número de banheiros é insuficiente para a quantidade de estudantes.
Paulo Jacinto
As visitas não pararam por aí. O Sede de Aprender esteve na Escola Municipal Vicente Pininga Monteiro, em Paulo Jacinto, onde o que chamou a atenção foi a construção de um muro para dar mais segurança a todos que frequentam o lugar. O fornecimento de água mineral também está sendo realizado e as salas estão climatizadas.
A última parada foi na Escola Municipal Governador Dilvado Suruagy, onde houve a substituição de uma viga de madeira que estava situada em uma das salas de aula, assim como, o fornecimento de água mineral. Outros benefícios foram realizados, como a construção de um muro e uma fossa agroecológica.
“As fossas agroecológicas são uma alternativa para o tratamento de efluentes domésticos de baixo custo que não agride o meio ambiente. Com esse método você consegue economizar mais e também ajudar no meio ambiente, já que essa fossa devolve a água tratada sem poluir os lençóis freáticos.”, afirmou o promotor de justiça Kleber Valadares.
Em todas as unidades foram recolhidas amostras da água fornecida a alunos e professores, a fim de se verificar a sua potabilidade. O MPAL aguarda a análise realizada pelo IMA para verificar se as escolas estão fornecendo água fora dos padrões de qualidade.
O projeto
O projeto “Sede de aprender: Água potável nas escolas” é uma ação dos Núcleos de Defesa da Educação e do Patrimônio Público, que têm a coordenação dos promotores Lucas Sachsida e José Carlos Castro, respectivamente, e conta com o apoio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) e da Assessoria de Planejamento Estratégico (Asplage). Ele tem o objetivo de discutir, propor e ajudar a implantar medidas capazes de solucionar o problema da falta de água de qualidade em escolas das redes pública e privada na capital e interior.