De acordo com as informações apuradas pelo Instituto de Criminalística (IC), o motorista que conduzia o veículo – modelo Voyage – informou, ao ser abordado pela Polícia Militar, que o carro foi comprado em uma empresa no estado de Pernambuco no dia 04 de julho. Entretanto, no sistema consta um boletim de ocorrência de furto, registrado no dia 1º de agosto, quase um mês após a compra.
A análise foi realizada pelos peritos criminais Nivaldo Cantuária, do Núcleo de Pericia Veicular, e Carlos Robério, plantonista da externa do IC. Os dois examinaram os dispositivos de segurança, as etiquetas de identificação, e o número do motor do carro, entre outros itens.
“O objetivo do exame pericial foi para confirmar a originalidade do veículo em relação a sua documentação oficial, ou se era um clone. Então analisamos os carácteres de acordo com os dados que constam na documentação original”, explicou Carlos Robério.
Nivaldo Cantuaria explicou que o Núcleo de Pericia Veicular funciona com dois peritos especialistas na área para atender os 102 municípios alagoanos. Ele informou que em Alagoas, o número de clones veicular é baixo em relação a veículos de passeio e que o registro maior são de motos.
“Usei reagentes químicos e outras técnicas para analisar todos os pontos de interesse pericial. No exame ficou constatado que o veículo apreendido é original de fábrica e não um clone. O resultado da pericia foi informado à Polícia Civil, que deverá investigar o registro de roubo”, afirmou Cantuária.
Mesmo sendo um caso atípico de compra realizada em loja com um registro posterior de roubo, os peritos criminais alertaram sobre os cuidados na compra de um veículo. Além da parte mecânica, a principal orientação é verificar se existe alguma ocorrência policial, e realizar a análise completa da originalidade, estrutura, histórico e documentação do carro desejado, para não ser vítima de golpes de venda de carros clonados ou roubados.