PC ouve vítima de atentado no Jacintinho e segue duas linhas de investigação sobre o caso

A Polícia Civil de Alagoas já começou a investigar o atentado contra um homem ocorrido na noite dessa terça-feira (10), na rua São Bento, no bairro do Jacintinho, em Maceió. A vítima, que mora naquela mesma região, já foi ouvida e disse ter contabilizado pelo menos 18 perfurações em seu carro, um audi de cor branca, blindado, que deverá ser submetido à perícia.

Dinâmica do crime

Segundo informações passadas pelo delegado Arthur César, em entrevista à imprensa, a vítima, identificada como Paulo Victor, teria explicado que estava buscando seu carro em uma oficina mecânica e que parou na esquina da rua para falar com um conhecido. Ele estava do lado de fora do automóvel, quando o outro veículo se aproximou com os algozes já disparando.

Ele voltou para o carro na intenção de se proteger, mas quando um dos vidros foi quebrado, resolveu sair e invadiu uma casa próxima para fugir do ataque. Em seguida, os autores foram embora.

A vítima também saiu do local usando o próprio veículo.

O delegado contou que o alvo não conseguiu reconhecer o veículo, nem precisar quantos e quem eram os atiradores, devido a rapidez com que tudo aconteceu. Mas que as investigações já identificaram o carro usado no crime.

Histórico

O delegado contou ainda que Paulo Victor teria explicado, em depoimento, que já sofreu dois atentados anteriores a este, mas não sabia confirmar se os crimes possuíam ligação entre eles.

Em 2011, sua mãe e um primo foram mortos em um atentado contra este primo e que desde então, os autores do crime têm tentado contra sua vida por temer que ele execute algum tipo de vingança.

Segundo Arthur César, o autor deste primeiro crime já havia sido preso, mas hoje está foragido do sistema prisional.

O delegado confirmou também que a vítima possui uma passagem policial pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e que há a suspeita de que ele seja membro de uma facção criminosa, mas nada oficial foi encontrado a respeito disto.

Linhas de investigação

O delegado confirmou que uma das linhas sendo estudadas é a de relação do histórico de violência contra a vítima e o crime cometido ontem, mas que existe outra, cujos detalhes serão preservados para não atrapalhar as investigações.

Arthur César comentou ainda sobre a hipótese de briga familiar que está sendo levantada nas redes sociais, mas explicou que ela não está sendo considerada, no momento.

Ele explicou também que uma outra testemunha do caso será ouvida – ainda hoje ou no mais tardar nesta semana – e câmeras de estabelecimentos próximos ao local do crime já foram obtidas pela polícia e que outras estão sendo buscadas para ajudar na elucidação do crime.

Quem tiver informações sobre o caso, os suspeitos e o carro utilizado na ação pode ajudar a polícia através do disque denúncia, no número 181. A ligação é de graça e não é preciso se identificar.