Sem falar em terrorismo para referir-se ao Hamas ou aos atentados do dia 7 de outubro, o Diretório Nacional do PT aprovou nesta segunda-feira (16) uma resolução em que classifica as mortes na Faixa de Gaza como “genocídio” do povo palestino.
O partido também cobra a retirada dos bloqueios impostos por Israel, que têm impedido a chegada de suprimentos médicos e alimentos à população do território.
O documento responsabiliza tanto o Hamas quanto o governo israelense pelo “genocídio” e pelo “conjunto de crimes de guerra”.
Na tentativa de afastar-se do grupo radical islâmico, o PT ressalva que “historicamente mantém relações partidárias unicamente com a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina”.
O termo terrorismo, porém, não foi usado. “O PT condena, desde a sua fundação, todo e qualquer ato de violência contra civis, venham de onde vierem. Por isso, condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realizam, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, afirma o texto aprovado pelo Diretório Nacional.
No documento, o partido convoca sua militância para participar de atividades em defesa da paz, da solução de dois Estados — posição tradicional da diplomacia brasileira – e dos “direitos do povo palestino a uma vida pacífica e com soberania nacional”.