Paulo Torres Pereira da Silva tinha 34 anos de magistratura e chegou a atuar como desembargador substituto
Um juiz foi morto a tiros, na noite dessa quinta-feira (19), no bairro Barra de Jangada, no município pernambucano de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana de Recife. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, classificou o crime como “assassinato covarde”.
A vítima, identificada como Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, teria sido cercado por criminosos armados enquanto dirigia. Os suspeitos fugiram após o homicídio, segundo informações do portal G1.
Conhecido como Paulão, o magistrado atuava como juiz há 34 anos e já havia exercido a função de desembargador substituto.
No comunicado do STF, Barroso informou que conversou com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Luiz Carlos Figueirêdo, e que está em contato com as autoridades para apuração rápida do caso. O também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda informou que o órgão acompanhará as investigações.
Como foi o crime?
O juiz foi assassinado por volta das 20h, quando trafegava de carro pela rua Maria Digna Gameiro, em Jaboatão dos Guararapes. Na ocasião, ele teria sido “emparelhado” por outro veículo, com cerca de quatro criminosos, que teriam atirado contra o magistrado, conforme o jornal Folha de Pernambuco.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para atender o caso, mas ao chegar ao local, verificou que Paulo Torres já estava sem vida.
Ao portal Diário do Pernambuco, a Polícia Militar limitou-se a informar que foi acionada, por volta das 20h30, para atender um homicídio em Barra de Jangada e que as investigações do crime estão a cargo da Polícia Civil. Esta informou que apura o caso.
“A ocorrência ainda está em andamento e mais informações poderão ser repassadas em breve, após as diligências iniciais”, relatou a autoridade ao veículo local.
Órgãos do Judiciário lamentam morte
Além do presidente do STF, o TJPE se pronunciou sobre o caso nessa quinta. Em nota, a Corte lamentou a morte e disse estar em contato com as autoridades policiais locais e que prestará todo o “apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados”.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também se manifestou sobre o óbito e disse estar se comunicando com as autoridades competentes para contribuir com o esclarecimento do crime e responsabilização dos autores, além de se solidarizar com familiares e amigos, conforme o Diário de Pernambuco.
A Associação de Magistrados de Pernambuco (Amepe) também lamentou o caso e disse aguardar uma investigação célere, segundo a Folha de Pernambuco.