Luís Manuel Díaz estava sob poder do Exército de Libertação Nacional havia duas semanas. Sequestro, segundo governo, foi tentativa do grupo armado de arrecadar fundos, mas esfriou negociações de paz que vinham sendo travadas entre Bogotá e a guerrilha.
A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), da Colômbia, libertou nesta quinta-feira (9) o pai do jogador de futebol do Liverpool Luis Díaz.
Luís Manuel Díaz, o pai do jogador, havia sido sequestrado em 28 de outubro quando dirigia seu carro em uma região na fronteira com a Venezuela.
O sequestro, segundo o governo, foi uma tentativa do grupo armado de arrecadar fundos, mas interrompeu diálogos de paz que o ELN, grupo que já matou 450 mil pessoas em 60 anos de atuação, travava com o governo da Colômbia desde o ano passado.
A libertação de Luís Manuel Días ocorreu por meio de negociações entre a guerrilha e um comitê do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU). Acompanhado por uma missão humanitária da ONU, o pai de Luís Díaz pousou de helicóptero no aeroporto da cidade de Valledupar, no norte do país.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, elogiou o acordo. “Viva a liberdade e a paz”, escreveu em suas redes sociais.
Em um comunicado, o governo disse considerar que o sequestro deteriorou as conversas com o ELN.
“O processo atual com o ELN avançou como nenhum outro até hoje. Independentemente disso, nossa delegação considera que o sequestro de Luis Manuel Díaz colocou nosso diálogo em uma situação crítica, disse o comunicado.
O governo colombiano vem travando diálogos com uma série de grupos armados e de guerrilha, mas as conversas com o ELN eram as que estavam em estágio mais avançado, segundo Bogotá. A intenção é conseguir que os grupos abandonem as atividades armadas.
Mas, historicamente, os grupos guerrilheiros da Colômbia têm usado o sequestro como tática de pressão ou para arrecadação de fundos.
O ELN disse, há uma semana, que libertaria Díaz, mas logo depois alegou que as operações militares na região norte da Colômbia estavam impedindo os esforços de libertação, o que foi negado pelo Exército.