Polícia

IML confirma que corpo encontrado em mata em Ipioca é de jovem que sumiu após entrega

Robson Francisco da Silva, de 21 anos, estava desaparecido desde o dia 09 de Novembro e foi morto com disparos de arma de fogo

O Instituto Médico Legal Estácio de Lima confirmou nesta terça-feira, 14, que o corpo encontrado sem documentos no último domingo (12), em uma área no bairro de Ipioca, conhecida como Mata da Gilda, em Maceió, é do jovem Robson Francisco da Silva, de 21 anos, que estava desaparecido desde o dia 09 de Novembro.

Segundo relato do pai, o jovem saiu de casa para entregar uma quentinha a uma mulher e desapareceu. No local da suposta entrega foi encontrado o par de sandálias da vítima e sua motocicleta.

A identificação foi possível após exame de necropapiloscopia, realizado pelo papiloscopista Rogério Correia, do Departamento de Identificação Humana. Ele explicou que nesse tipo de exame são utilizados instrumentos, pós e tintas especiais para coleta papiloscópica em cadáveres, cujo resultado é comparado com os dados da possível vítima, existentes no Sistema de Identificação Biométrica Automatizada (Abis) do Instituto de Identificação de Alagoas.

“A comparação papiloscópica realizada durante o exame deu positiva, permitindo a elaboração do laudo confirmando a identidade oficial da vítima. Dentro do protocolo de identificação humana, essa etapa é de extrema importância para que sejam adotadas as providências legais para liberação do corpo”, explicou o papiloscopista.

Causa da morte

Avelar de Holanda, perito médico legista responsável pelo exame no cadáver de Robson Francisco, explicou que mesmo o corpo apresentando estado avançado de decomposição, foi possível confirmar a causa da morte. Segundo o perito, o entregador de comida foi morto por disparos de arma de fogo, na cabeça e no tórax.

“Na necropsia foram encontradas lesões de arma de grosso calibre e bucha de espingarda na região da cabeça e dois ferimentos na região do tórax, provocados por uma arma de menor calibre. Ou seja, ele foi atingido por dois tipos de armas, mas, a que provocou o óbito foi o disparo na face”, afirmou o perito.

Quando o corpo foi encontrado, mesmo sem identificação e em avançado estado de decomposição, familiares já acreditavam se tratar do rapaz, que era dependente químico e estaria andando com pessoas “que eles não gostavam”. A família já esteve no IML de Maceió para iniciar o protocolo de identificação.