A Polícia Civil de Alagoas informou nesta quinta-feira, 16, que será instaurado inquérito para apurar a denúncia de que a loja da empresária, Carla Janiere da Silva Barros, de 24 anos, morta a tiros pelo esposo esta semana em Murici foi esvaziada logo após o feminicídio.
Segundo a PC/AL, os agentes do 116º Distrito Policial (116ºDP) de Murici, sob o comando do delegado Mário Jorge Marinho, estiveram nesta manhã no estabelecimento comercial para averiguar as informações e encontraram a loja fechada.
Vizinhos do estabelecimento comercial informaram aos policiais que familiares do acusado seriam os responsáveis por levar todos os produtos e acessórios que existiam dentro da loja. Inclusive, eles utilizaram um caminhão-baú para retirar do local toda mercadoria.
As investigações já iniciaram e as pessoas responsáveis poderão responder por furto e apropriação indébita.
Funcionária divulga vídeo de discussão que antecedeu feminicídio de empresária: assista
Na última terça-feira, 14, Carla Janiere foi assassinada pelo marido dentro da loja. Um vídeo, gravado pela funcionária da empresária, mostra o momento em que o acusado realiza uma série de ameaças à vítima.
Em um trecho do vídeo, a jovem acusa o assassino de pegar o pescoço da vítima e de ameaçá-la. Em certo momento, o criminoso ainda afirma que a jovem “está puxando o saco da patroa”, tratando ele como funcionário. A vítima ainda pede que a funcionária filme as ameaças que irá levar o vídeo ao advogado. Neste momento, o assassino – que já havia quebrado uma estrutura de madeira – olha no rosto da vítima e afirma que ela não irá precisar de advogado. “Você não vai precisar de advogado, pode ter certeza”, demonstrando a sua intenção.
Pouco tempo depois, o acusado efetuou diversos disparos de arma de fogo contra Carla Janiere, que morreu antes de receber atendimento médico. Ele foi preso logo após o crime.
Menos de 24 horas após o feminicídio, a loja da vítima foi invadida e teve toda a mercadoria levada. Familiares de Carla Janiere alegaram que o portão foi violado e não havia mais nada dentro do estabelecimento comercial.
“Caso aconteça algo comigo, já sabe quem foi”, disse empresária antes de ser morta por marido