Foi um dia de muitos embates entre a defesa e o Ministério Público e culminou com o ex-policial militar Josevildo Valentim condenado a 60 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo estupro e assassinato de Aparecida Rodrigues Pereira e pela tentativa de homicídio contra Agnísio dos Santos Souto.
O julgamento, que ocorreu nesta quinta, 16, no Fórum do Barro Duro, em Maceió, que chegou a ser suspenso por mais de duas horas, depois do réu ter simulado um desmaio. Uma médica foi acionada e atestou que o ex-militar tinha condições de participar do júri.
As trocas de causações entre a defesa do réu e a acusação, coordenada pelo promotor Antônio Vilas Boas, foi outro destaque do júri. O militar foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado (31 anos e seis meses), homicídio qualificado tentado (21 anos e três meses) e estupro (oito anos).
Na sentença também foi decretada a perda do cargo público de policial militar na Polícia Militar de Alagoas “considerando que o crime foi cometido enquanto o réu pertencia aos quadros daquela corporação, diante da violação aos princípios da administração pública”.
Agnísio, atingido com quatro tiros, perdeu parcialmente a audição; à época passou cinco dias na UTI do Hospital Geral do Estado (HGE) e ainda tem um projétil alojado. Ele mostrou aos jurados as marcas dos tiros.