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Policial militar é preso por mostrar partes íntimas para adolescente

Vítima na janela onde aconteceu a importunação sexual. — Foto: TV Globo/Reprodução

O sargento da Polícia Militar Marcelo Braga Oliveira, de 45 anos, foi preso em flagrante por importunação sexual. O militar foi acusado de mostrar as partes íntimas para uma menina de 15 anos que estava na janela, no Riacho Fundo I.

Em nota, Polícia Militar do Distrito Federal disse que tomou as providências cabíveis (confira a nota abaixo). O g1 tenta contato com a defesa do militar.

O suspeito passou por audiência de custódia e foi solto para responder em liberdade. Uma das medidas da decisão da Vara Criminal do Riacho Fundo determinou que Marcelo deve manter distância de 20 metros da vítima e do pai, além de ficar proibido de tentar contato com a família.

Denúncia

 

Em entrevista à TV Globo, a vítima disse que o homem a encarou no momento em que ela chegava da escola. Em seguida, quando foi à janela do seu apartamento, a menina percebeu que o mesmo policial militar tirou o órgão para fora das vestimentas e fez um gesto como se estivesse chamando a adolescente.

A vítima, que estava sozinha com o irmão mais novo no momento, ligou para o pai. Ele foi tirar satisfação com o morador do outro prédio e, no meio da discussão, o agrediu com uma cabeçada. De acordo com o pai da menina, Marcelo Braga mostrou a arma e disse que era policial.

O pai da menina foi denunciado pelo militar por agressão.

“Eu ainda fiquei com um pouco de receio de sair de casa. Quando estou chegando da escola, já aviso para o meu pai me buscar na parada. Estou evitando muito vir na janela. Deixo a cortina do meu quarto todo dia fechada. Não fico mais aqui no meu quarto tanto”, diz a menina.

 

O crime de importunação sexual está crescendo no Distrito Federal. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 586 ocorrências — aumento de 110 casos em comparação ao mesmo período do ano passado.

O que diz a PM

 

“A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reitera, de forma veemente, seu compromisso com a ética, a transparência e a justiça diante de quaisquer desvios de conduta que possam ocorrer entre seus integrantes. A Corporação, em contrapartida e imbuída do dever de melhor servir, cumpre todos os requisitos legais para a minuciosa e imparcial apuração dos fatos, nunca tendo se furtado ao dever de aplicar as sanções previstas em lei e específicas a cada caso.

No que se refere ao incidente ocorrido, a PMDF age com a máxima celeridade e eficiência. Assim que tomamos conhecimento do fato, todas as providências cabíveis foram imediatamente adotadas.

A PMDF zela pela ética e pelo bom comportamento de seus integrantes, não coaduna com desvios de conduta. Todos os fatos e denúncias são devidamente apurados e encaminhados em estrita conformidade com a lei, demonstrando nossa determinação em manter a ordem e a justiça.

Ressaltamos que o policial militar citado na demanda não foi o autor, sendo apenas o condutor da ocorrência.

Reiteramos que atitudes específicas de integrantes não podem ser confundidas com a Corporação que tanto se esforça para o bem da sociedade.

A PMDF reafirma a política de não tolerância a qualquer forma de abuso e desvio de conduta, assegurando que cada caso é tratado com a máxima seriedade e de acordo com os princípios do controle, legalidade e responsabilidade.

Como consequência, o fato foi registrado pela Corregedoria, que promoverá meticuloso trabalho de apuração, sempre observando os procedimentos legais cabíveis e assegurando a justiça e a legalidade em cada etapa”.