O presidente eleito da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), afirmou, na quarta-feira (23), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será bem-vindo caso decida participar de sua posse na Casa Rosada, no dia 10 de dezembro. A declaração foi feita durante entrevista ao canal argentino Todo Noticias.
“Se Lula quiser vir a minha posse, será bem recebido. Ele é o presidente do Brasil”, disse Milei ao ser questionado por repórteres.
Na segunda-feira (21), um dia após derrotar o ministro da Economia, Sergio Massa (Unión por la Patria), nas eleições argentinas, Milei conversou por videoconferência com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na ocasião, Milei os convidou para sua posse.
Apesar da fala de Milei, a CNN apurou que Lula não deve estar presente na posse de Milei. Até o momento, o petista não telefonou para cumprimentar o economista de 53 anos pela vitória no pleito eleitoral.
Na noite de domingo (20), Lula foi às redes sociais desejar “boa sorte e êxito ao novo governo” argentino. O mandatário evitou citar nominalmente Milei em sua mensagem.
“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, escreveu Lula.
Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”
Durante a campanha eleitoral deste ano, Milei se referiu a Lula como “comunista” e “corrupto”, além de ter declarado que não pretendia se reunir com o presidente brasileiro durante seu mandato. Ele também defendeu, em entrevistas, a retirada da Argentina do Mercosul.
Bolsonaro infla comitiva para “celebrar vitória da direita”
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, dois governadores bolsonaristas confirmaram presença na posse de Milei – Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC).
De acordo com Fabio Wajngarten, advogado e interlocutor próximo do ex-presidente, muitos deputados e lideranças pediram para integrar a comitiva de Bolsonaro, mas nem todos estarão necessariamente na posse. “A ideia é celebrar a vitória da direita”, disse Wajngarten à CNN.
Entre os que confirmaram presença estão: