Maceió

Família de idosa denuncia plano de saúde a OAB por negligência e recusa de home care

Matéria atualizada às 15h do dia 06 de Dezembro de 2023

Familiares da idosa de 75 anos, Rejane Moura Miller, procuraram nesta terça-feira, 05, a Comissão Especial do Idoso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) para denunciar o plano de saúde Hapvida por negligência e omissão.

A filha da idosa, Virgínia Moura Miller, informou que a paciente está internada há uma semana no Hospital Maceió, que faz parte da rede Hapvida, após a constatação de uma fratura no fêmur. Desde então, a família tem que lidar com o descaso e negligência do plano de saúde.

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Família de paciente acusa plano de saúde de negligencia

“Na semana passada, ela levou uma queda e levamos ao hospital do Hapvida. O atendimento foi demorado, mas ela ficou internada. Ela fez exames de raio X e tomografia que constataram uma fratura no fêmur. Depois dos exames, um médico residente passou no quarto e disse que era caso cirúrgico. Então, a família se preparou, inclusive, para conseguir doações de sangue porque o tipo sanguíneo dela, AB+, é raro. Já estava tudo certo. Ela entrou no centro cirúrgico às 8h de ontem (04) e até as 17h não tínhamos notícias. No fim do dia, um médico sai do Centro Cirúrgico dizendo que não iam fazer o procedimento por conta do risco que era grande. Minha mãe é cardíaca, diabética, tem início de doença de Alzheimer. Como eles deixam uma idosa o dia todo sem comer para analisar já dentro da sala o risco cirúrgico? Isto é tortura e irresponsabilidade sem tamanho”, disse Virgínia.

Nesta quarta-feira, 05, a família teve mais uma surpresa. A idosa recebeu alta médica e a recomendação é que a paciente fique acamada por pelo menos dois meses para que o osso se regenere. Ela só poderá realizar, segundo ordens médicas, poucos movimentos como ir ao banheiro e ficar em cadeira de rodas.

Com a recomendação, a família solicitou ao plano de saúde a instalação de home care na casa da idosa. Contudo, o pedido foi negado pelo Hapvida sob a alegação de que a idosa não tinha indicação para este tipo de cobertura no momento.

Diante da recusa, Virgínia Moura esteve reunida com representantes da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL para denunciar o caso. Ela informou ao Alagoas24Horas que também irá procurar o Ministério Público Estadual (MPE) e ingressará com ações junto a Justiça de Alagoas nas varas cível e criminal.

O Alagoas24Horas entrou com contato com a assessoria de comunicação do plano de saúde e recebeu na tarde desta quarta-feira, 06, uma nota sobre a situação. Confira na íntegra:

Nota à imprensa

A empresa informa que, desde a entrada na unidade, a paciente foi prontamente atendida e segue internada com assistência integral. A senhora, que tem 75 anos, apresentou fratura no fêmur e, após avaliação médica, foi indicado, inicialmente, um procedimento cirúrgico para tratar. Com o objetivo de garantir a segurança da paciente, após novas avaliações clínicas, a equipe médica suspendeu a cirurgia por apresentar riscos à vida da cliente. O tratamento segue avaliação clínica e conduta adequada. Vale ressaltar que ela é idosa e apresenta algumas outras comorbidades que podem agravar a saúde num procedimento cirúrgico. A operadora ressalta que em nenhum momento houve negativa de atendimento e que está empenhada na promoção da saúde e bem-estar da cliente.