Brasil

Fotógrafo mergulha ao lado de sucuri em águas cristalinas e se surpreende: ‘uma das mais bonitas do mundo’

O registro foi feito na última expedição de Eli Martinez, em Bonito (MS) e compartilhado recentemente nas redes sociais.

“Uma das cobras mais bonitas do mundo”, foi assim que o fotógrafo Eli Martinez se declarou depois de ter sido surpreendido por uma sucuri verde durante um mergulho no Rio Formoso, no município de Bonito (MS).

O registro foi feito durante uma expedição, mas só foi compartilhado nas redes sociais no fim de novembro.

Nas imagens é possível ver Eli mergulhando ao lado da cobra gigante que aparenta ter acabado de se alimentar.

O registro foi feito durante uma expedição na cidade de Bonito. — Foto: Eli Martinez

“Meu clipe favorito da temporada passada procurando anacondas, ela estava nadando pela margem do rio”, publicou o fotógrafo.

Eunectes murinus (Sucuri verde)

Sucuri-verde – Eunectes murinus. — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura

A Eunectes murinus é conhecida como a anaconda verdadeira, mas especificamente como a sucuri verde, porque ela tem um cor de fundo que é um verde oliva. Esse tom de cor ainda pode ser um pouco mais escuro ou claro, chegando até a uma coloração marrom.

“É a espécie de sucuri com mais informações disponíveis até o momento. Ela tem uma ampla distribuição geográfica e pode ser amplamente encontrada na América do Sul em países como a Venezuela, Colômbia, Paraguai, Equador, Bolívia, Peru, Guiana Francesa, Suriname e Brasil”, ressalta Juliana Terra, doutora em ecologia pela Universidade de São Paulo (USP).

Ainda de acordo com a especialista, as sucuris verde não costumam ser muito encontradas ao sul da América do Sul, sendo o Paraguai, provavelmente, o limite sul da distribuição delas. Uma característica interessante da espécie é o sistema de acasalamento.

Pesada e longa, a sucuri-verde é também a maior espécie de sucuris que existe. Os machos podem alcançar uma média de 3,5m de comprimento, já as fêmeas adultas podem chegar a 5 metros. Em casos mais raros, podem atingir tamanhos maiores, de até 6m.

“Devido a imponência e ao porte grande das fêmeas, elas sempre aparentam ser maiores do que são. Todas tem dimorfismo sexual, ou seja, os machos sempre são menores que as fêmeas”, afirma Juliana.

Quanto a alimentação, as fêmeas adultas de grande porte podem se alimentar de mamíferos de médio porte. Já para os machos, as aves aquáticas são importantes recursos alimentar.