Política

Entenda como deve ser a sabatina simultânea de Flávio Dino e Paulo Gonet na CCJ do Senado

Ricardo Stuckert/Presidência da República

Ricardo Stuckert/Presidência da República

Nesta quarta-feira, 13, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal deve sabatinar Flávio Dino e Paulo Gonet, ambos indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República), respectivamente. Gonet e Dino devem ser sabatinados simultaneamente a partir das 9h.

Em um modelo inédito, as perguntas para cada um serão feitas em bloco, mas não se sabe ainda quantos senadores terão a palavra antes que os indicados respondam. A expectativa é de que de três a cinco senadores perguntem em cada bloco e cada parlamentar poderá questionar um indicado por vez ou os dois ao mesmo tempo.

O tempo de fala de cada parlamentar é de dez minutos. Não foi definido ainda se os indicados respondem logo após as perguntas de cada senador ou só após o fim de todas as perguntas de cada bloco. A sabatina simultânea foi um modo encontrado pelo presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil), para agilizar o rito das indicações, feitas às vésperas do recesso parlamentar.

Nesta segunda-feira, 11, Paulo Gonet visitou os senadores Hamilton Mourão (Republicanos) e Magno Malta (PL). Em conversa com a Jovem Pan News, o indicado de Lula para a PGR disse evitar revelar os assuntos discutidos com os parlamentares em busca de apoio.

“São conversas pessoais, não seria de bom tom fazer qualquer comentário”. Dino e Gonet necessitam de pelo menos 41 votos do plenário do Senado para assumirem os cargos.

“Expectativa é de que eu venha a receber a confiança dos senadores e ter a indicação confirmada”, declarou Gonet. Nos bastidores, a maioria dos parlamentares apostam em um clima respeitoso e harmônico durante a sabatina.

No entanto, senadores de oposição se articulam para um embate direto com o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, e devem questioná-lo acerca de sua atuação durante as invasões e depredações à Praça dos Três Poderes no 8 de Janeiro.