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Algoritmo pode ‘prever’ se uma pessoa vai morrer em quatro anos, afirmam pesquisadores; entenda

Para fazer previsão, inteligência artificial analisa história de vida de cada indivíduo

Assombrando o imaginário dos seres humanos há milhares de anos, a morte permanece um mistério, sendo impossível prevê-la com exatidão. Um grupo de cientistas dinamarqueses, no entanto, resolveu desafiar isso, desenvolvendo um algoritmo de inteligência artificial, supostamente capaz de prever quando alguém morrerá com base em sua história de vida.

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Algoritmo acertou resultado de 78% dos casos analisados

Para elaborar o mecanismo, nomeado “life2vec”, os pesquisadores analisaram registros da Dinamarca e reuniram diversas informações sobre mais de 6 milhões de pessoas. Entre os dados coletados, estavam: profissão, endereço e episódios médicos, como lesões e gravidez.

Após o levantamento, a equipe de cientistas adaptou técnicas de linguagem, gerando códigos para cada ocorrência da vida, conforme estudo publicado pela revista científica Nature Computational Science, nesta semana. Alguns eventos, como uma fratura no antebraço ou hemorragia pós-parto, por exemplo, transformaram-se nos códigos S52 e O72, respectivamente.

PREVISÃO
Com a codificação, o algoritmo, então, tornou-se capaz de mapear os futuros acontecimentos da vida de um indivíduo, conseguindo prever como eles poderiam pensar ou se comportar diante de algumas situações, e, até mesmo, se morreriam nos próximos anos.

Para chegar à previsão sobre “o fim”, a inteligência artificial foi alimentada com os dados de 100 mil pessoas, coletados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2015, visando descobrir a probabilidade dos indivíduos analisados permanecerem vivos entre os anos de 2016 e 2020.

Metade do grupo analisado, que possuía entre 35 e 65 anos, faleceu durante o período, mas apenas os cientistas sabiam dessa informação. Ainda assim, quando questionado sobre quem havia morrido, o life2vec conseguiu acertar a resposta em 78% das vezes.

Além disso, o algoritmo ainda mostrou que pessoas do sexo masculino tinham maior probabilidade de morrer ou receber o diagnóstico de um problema de saúde mental, como ansiedade e depressão. No entanto, ocupar um cargo de gestão ou possuir um rendimento elevado garantia, aos indivíduos, uma posição no grupo dos sobreviventes.

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