Um guarda civil municipal de Santos, no litoral de São Paulo, foi filmado matando a própria cadela com tiro, no bairro Beira Mar, em São Vicente, cidade vizinha. Imagens obtidas pelo g1, nesta quinta-feira (28), mostram o homem, de 28 anos, acariciando o animal antes de matá-lo. A Prefeitura de Santos informou o afastamento do profissional até o final da investigação.
Câmeras de monitoramento registraram o guarda em uma motocicleta com a cadela no colo. Ele chega a olhar para os lados antes de disparar contra o animal, com uma arma particular, segundo a prefeitura.
Depois de efetuar o tiro, a cadela cai na rua ele deixa o local de moto. Passado um tempo ele volta à cena do crime, se agacha em frente ao animal e moradores aparecem para ver o que havia acontecido.
Assim que as pessoas deixa o local, ele se levanta, vai sentido em que havia saído com a moto e volta com um saco. Ele embrulha o animal e o arrasta para a calçada.
Policiais do 2ºDP receberam denúncias e registraram um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o caso. No documento consta que os agentes conversaram com a mãe do guarda. Ela informou que a cadela foi executada após tê-la atacado com mordidas na perna e no braço, e o marido na barriga.
Diante disso, contou ter chamado o filho, que matou o animal com disparo de arma de fogo. De acordo com o BO, os policiais civis constataram curativos nos pais do guarda.
O homem esteve na delegacia três dias após o crime. Ele prestou depoimento e apresentou registros de atendimentos médicos prestados aos pais. Ele foi liberado por falta de flagrante.
Afastado
Em nota, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Segurança, informou ser contrária a qualquer ato de crueldade contra animais. O Executivo ressaltou que o guarda municipal responderá um processo disciplinar, conforme rege o Estatuto do Servidor de Santos, e estará sujeito a penalidades que podem culminar na exoneração do cargo, conquistado em concurso público.
A administração municipal ressaltou que o investigado nunca usou armamento no exercício das funções, pois não tem autorização da GCM. O caso será acompanhado pela corregedoria.
O caso foi registrado como crime ao meio ambiente – prática de ato de abuso a animais no 2° DP de São Vicente, onde é investigado.