Política

Ministério da Justiça e Ibram assinam acordo para combater facções do novo cangaço em cidades com mineradoras

Ministério da Justiça e Segurança Pública

Ministério da Justiça e Segurança Pública

O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) assinaram nesta sexta-feira, 5, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para combater ataques de facções criminosas do “novo cangaço” em cidades que possuem mineradoras de ouro e pedras preciosas.

O objetivo da ação, que está inserida no Plano Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), é fortalecer a presença do Governo Federal em territórios vulneráveis à invasão ilegal de garimpeiros, além de operacionalizar planos de defesa e proteção da população desses locais.

“Uma carga de minério, inclusive barras de ouro resultam de um extenso e complexo conjunto de operações, que têm origem nas centenas ou milhares de tentativas de sondagens para se descobrir jazidas no subsolo. É um investimento de grande volume e de alto custo e risco em todas as etapas”, iniciou o vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo.

“Em contrapartida, às atividades criminosas levam apenas alguns instantes para dar fim a resultados de tamanho esforço”, finalizou.

O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp/MJSP), Romano Costa, detalhou que o poder público e o poder privado trabalharão em conjunto para gerar o aperfeiçoamento das frentes envolvidas.

“Nestas cidades onde há mineral de grande valor, será realizado planejamento integrado com as forças de segurança pública e com as empresas que atuam, para que possamos gerar simulados de prevenção, capacitação e aperfeiçoamento, inclusive para que a população saiba como agir diante da ameaça de um ataque criminoso com o objetivo de dominar estes municípios”, explicou o diretor.

Também presente na solenidade, o ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, acrescentou que a economia é dependente também da segurança para o desenvolvimento do país.

“O crime organizado ameaça a vida, destrói a economia e afronta o estado democrático de direito. Ninguém faz investimento, desde a pequena lojinha do bairro, até um grande investimento na área de mineração se não houver um mínimo de segurança”, finalizou Capelli.