Futebol

Fernando Diniz deixa a seleção com 3º pior aproveitamento entre técnicos com mais de 5 jogos

Foram 38,8% em seis partidas e uma série de marcas negativas

LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

Fernando Diniz, no Mundial de Clubes, com o Fluminense

Com a demissão consumada nesta sexta-feira, chega ao fim a Era Fernando Diniz na seleção brasileira. E os números não ajudam o treinador do Fluminense. Ele deixa o cargo com o terceiro pior aproveitamento entre todos os técnicos (interinos ou não) que comandaram a equipe por mais de cinco jogos.

Sob o comando de Diniz, a seleção soma duas vitórias, um empate e três derrotas. São 38,8% de aproveitamento. Percentual superior apenas aos de Emerson Leão (37% em nove jogos, entre março e junho de 2001) e de Chico Netto (33,3% em seis partidas, entre novembro e dezembro de 1923).

Contratado em julho de 2023 para comandar a seleção por um ano, o técnico estreou com duas vitórias (sobre Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias) e gerou uma impressão inicial positiva. Mas as lesões de jogadores importantes, como Neymar e Vini Jr, e a dificuldade dos atletas em assimilarem seu estilo de jogo autoral levaram a seleção a acumular marcas negativos.

O Brasil faz sua pior campanha nas Eliminatórias após seis rodadas (é o sexto colocado, ocupando a última vaga para a Copa de 2026), sofreu sua primeira derrota em casa na história do torneio (1 a 0 para a Argentina, em novembro, no Maracanã), perdeu uma invencibilidade de 37 partidas na competição, além de perder três seguidas pela primeira vez desde 2001.

A saída de Diniz passou a ser esperada desde que Edinaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da CBF por decisão de liminar do ministro do STF Gilmar Mendes. Depois que Carlo Ancelotti renovou com o Real Madrid e diante dos maus resultados e da impossibilidade de Diniz assumir a seleção de forma exclusiva, o dirigente se decidiu por Dorival Junior, do São Paulo. Mas nenhum convite oficial foi feito ainda.

Confira a lista dos jogos da seleção sob o comando de Fernando Diniz:

Brasil 5 x 1 Bolívia (08/09 – Mangueirão)
Peru 0 x 1 Brasil (12/09 – Lima)
Brasil 1 x 1 Venezuela (12/10 – Arena Pantanal)
Uruguai 2 x 0 Brasil (17/10 – Montevidéu)
Colômbia 2 x 1 Brasil (16/11 – Barranquilla)
Brasil 0 x 1 Argentina (21/11 – Maracanã)