Suspeitos de tentativa de latrocínio em supermercado são condenados a mais de 20 anos de prisão

Crime aconteceu no bairro do Clima Bom, parte alta de Maceió, em Maio de 2023

Os réus Adriano da Silva e Ewerton Michael Oliveira dos Santos foram condenados pelos crimes de latrocínio tentado e roubo majorado, nesta terça-feira, 09,  em júri realizado na 12ª Vara Criminal da Capital. O crime aconteceu em Maio de 2023, em Maceió.

Adriano da Silva recebeu pena de 24 anos e Ewerton Michael de 20 anos, 10 meses e 12 dias, os dois em regime inicialmente fechado. O julgamento foi conduzido por José Eduardo Nobre Carlos, juiz substituto da unidade judiciária.

PC/AL

Prisão dos suspeitos

O crime

No dia 06 de maio de 2023, o proprietário do supermercado Big Supermercado, localizado no bairro da Cidade Universitária, levou dois tiros, no tórax e no braço. Além dele, estavam no estabelecimento sua esposa e um filho e outros funcionários.

Segundo os autos do processo, os réus usaram armas de fogo e violência para subtrair a quantia de R$ 70 mil, diversos aparelhos celulares e objetos pessoais das vítimas.

Relembre o caso: PC prende dupla suspeita de assaltar e balear dono de supermercado na parte alta de Maceió; vídeo

Após o crime, os réus fugiram do local e foram parados pela Polícia Militar em uma abordagem. A guarnição verificou que os passageiros estavam se desfazendo de diversos bens pelas janelas. Na ocasião, os acusados foram presos em flagrante. Outros dois participantes conseguiram fugir e continuam foragidos.

PC/AL

Material recuperado

Depoimentos

Em seu depoimento, o proprietário do supermercado relatou que estava encerrando seu expediente quando os indivíduos chegaram de forma agressiva, apontando armas em direção às cabeças das vítimas.

O proprietário revelou que uma das balas ficou alojada em sua costela, próxima à coluna. Ele informou que não passou por cirurgia para removê-la, pois representaria um grande risco à sua saúde.

Os acusados negaram a participação no crime, alegaram que estavam em um churrasquinho na noite do ato e que pegaram carona com um amigo.

O magistrado José Eduardo verificou que as narrativas fornecidas pelas vítimas e testemunhas estavam em concordância, sustentando de maneira consistente a descrição factual apresentada na denúncia.

“Ficaram evidentes as numerosas contradições nas versões fornecidas pelos acusados, que discordaram em relação a informações fundamentais. Isso inclui discrepâncias no nome do condutor do veículo, além de divergências quanto ao horário em que alegavam estar em um suposto churrasquinho”, escreveu o juiz na sentença.

Matéria referente ao processo 0700534-59.2023.8.02.0067

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