De acordo com o presidente da escola, 640 fantasias foram perdidas. As armações da saia de 50 baianas também foram inutilizadas. A União do Parque Acari estreará na Série Ouro na sexta-feira de carnaval, dia 9 de fevereiro.
“Estava tudo embaladinho em plástico em cima de pallets. A quadra nunca tinha alagado”, afirmou Dudu Farias.
A previsão da escola é de entrar na passarela do samba com 1,7 mil componentes.
Dudu Farias conta que sonhava com um cenário diferente na primeira apresentação da União do Parque Acari na Marquês de Sapucaí e que, apesar dos problemas com enchentes serem comuns na região, a quadra da escola, que fica na Rua Piracambu, nunca tinha alagado em 30 anos de funcionamento.
“A comunidade, que é muito carente, sempre teve histórico de enchentes. Mas nunca aconteceu de transbordar 1,5 metro”, disse o presidente da escola.
A quadra existe há 30 anos pois era usada por uma das escolas fundadoras. A União do Parque Acari nasceu há cinco anos, na fusão da Corações Unidos do Amarelinho e Favo de Acari.
Mais de 10 pessoas morreram em consequência da chuva na Região Metropolitana no sábado (13) e no domingo (14). Os bombeiros ainda procuram uma mulher que está desaparecida.
Dudu Farias destaca que a chuva afetou toda a região, uma das mais atingidas pelo temporal.
“A gente ficou assustado com o acontecido. E isso não afetou só a agremiação, mas principalmente a comunidade. São amigos, parentes. Foi uma fatalidade que afetou toda a comunidade e o Rio de Janeiro”, disse o presidente da escola.
A escola levará para a avenida um enredo sobre os 50 anos do bloco afro Ilê Aiyê.
A União do Parque Acari sempre teve dificuldade de colocar o carnaval na rua, contou o presidente. Porém, ele destacou que a comunidade está em busca de ajuda e disposta a virar a noite para reconstruir o que foi perdido.
“A gente não tem por onde pedir ajuda, vamos virar 24 horas. Se conseguirmos comprar o material, o quanto antes conseguimos reverter. Mas ainda não temos verba para isso”, finalizou Dudu.