Política

Em nova ofensiva pela reoneração da folha, governo agora fala em buscar “meio-termo”

Partido dos Trabalhadores

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera mediar antes do fim do recesso parlamentar um acordo com o Congresso para destravar as discussões da medida provisória que reonera a folha de pagamentos.

Segundo interlocutores do ministro, a tendência é por um “meio-termo” em relação ao que propõe o Executivo e o que vem sendo colocado na mesa de negociação pelo Congresso Nacional.

A nova ofensiva contará com reforço de articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O movimento de Haddad vem após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter declarado na Suíça que houve compromisso do governo em revogar a MP enviada ao Congresso.

Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vinha demonstrando forte insatisfação nos bastidores com a negociação, veio a Brasília para conversar sobre o tema com o ministro.

Procurado pela CNN, o ministro não deu detalhes da conversa com Lira e apenas reiterou o teor da entrevista concedida mais cedo por ele nesta sexta-feira.

A jornalistas, segundo relatou a repórter da CNN Cristiane Noberto, o ministro afirmou que o presidente Lula pediu que seja agendada uma reunião com Pacheco para discutir o assunto.

Nos bastidores, líderes no Congresso disseram à CNN que há a expectativa de uma discussão ampliada, que contemple também a Câmara, que poderia ocorrer antes do fim do mês.

Outra fonte ouvida pela CNN afirmou que há possibilidade de o governo trazer novas informações a respeito da desoneração ainda nesta sexta-feira.

Um acordo, estimam aliados de Haddad, teria de passar por um comprometimento maior do governo em aliviar o peso da reoneração para empresas.

Não há uma definição, por ora, se tal alívio se daria com uma redução do tamanho da reoneração ou com uma regra de transição mais suave para o setor produtivo.