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Corpos de vítimas de avião que caiu em MG foram identificados por impressão digital, diz polícia

O médico-legista e coordenador da Superintendência de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil de Minas Gerais, Gerson Coelho Cavalcante Júnior, disse nesta terça-feira (30) em Belo Horizonte, que os corpos das vítimas que morreram na queda de um avião em Itapeva, no Sul do estado, só foram identificados por meio da papiloscopia, ou seja, por impressão digital. Das sete vítimas, seis já foram identificadas.

No caso do menino Antônio Neves Silveira, de 2 anos, o método não foi suficiente para identificá-lo. Análise de DNA é aguardada para concluir o processo.

“Como não encontramos dados em documentos pré-existentes, foi colhido material biológico para exame de DNA, que já foi colhido e enviado para o Instituto de Criminalística e está em processamento”, explicou Cavalcante.

Ainda segundo ele, para a identificação dos corpos é preciso passar por etapas biológicas e, no caso de Antônio, a finalização dos exames deve sair nos próximos dias ou na semana que vem.

Ele disse que o método de identificação por DNA é comparativo e tem que passar por quatro etapas.

São elas:

  1. Verificar se o material retirado do corpo é viável para extração de DNA;
  2. Extrair propriamente o DNA;
  3. Comparar o DNA extraído com o material dos supostos parentes;
  4. Concluir a identificação do corpo pelo método DNA.

 

Fragmentos

 

“Os corpos se encontram prejudicados, fragmentados. (…) A medicina legal descreve essa fragmentação, descreve essas lesões até chegar à conclusão da causa mortis. Isso já está em fase de elaboração do laudo médico legal dentro do prazo legal”, disse o legista.

 

Como os corpos das vítimas da queda do avião chegaram muito lesionados, Cavalcante disse que houve duas missões no processo de identificação:

  • Garantir a identificação das vítimas;
  • Fazer a necrópsia para especificar as lesões e causa mortis.

 

Avião cai e deixa mortos na zona rural de Itapeva, MG — Foto: Redes sociais