O presidente Lula disse, nesta quarta-feira (7), que “nenhuma mulher quer namorar” um ajudante geral.
A fala aconteceu enquanto ele discursava sobre a importância da educação, durante a inauguração de um ginásio educacional no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), no Complexo do Alemão, no Rio. O evento contou com a presença do prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), e do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
O presidente usou a função de ajudante geral como exemplo enquanto discursava sobre as profissões ao longo da história.
“Em fábrica, a gente sabe que tem que ter uma profissão. Se a gente não tiver uma profissão, a gente vai ser ajudante geral. E ajudante geral não ganha nada”, exemplificou o presidente. “Nenhuma mulher quer namorar com um cara que mostra a carteira profissional, ‘qual é a sua profissão?’, e tem a profissão ajudante geral”.
Lula também disse que o Brasil sempre foi um país governado por gente que não tinha apreço pela educação do povo brasileiro, e que, para essas pessoas, “o povo brasileiro não tinha que estudar, tinha que trabalhar”.
“A mulher fala ‘pô, cara, nem uma profissão você tem para levar o feijão e o arroz no final do mês? E as crianças que vão nascer? Como é que a gente vai cuidar?’ Então tem que estudar”, disse Lula.
Há cinco dias, Lula teve outra fala polêmica — durante uma visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), o presidente chegou a dizer que “uma afrodescendente assim gosta de um batuque de um tambor” ao se referir a uma jovem negra que acompanhava o evento.
No contexto em específico, o presidente disse que, quando a viu, não soube dizer se ela era “cantora”, “namorada de alguém” ou “percursionista”, pois “uma afrodescendente assim gosta de um batuque de um tambor”.
Contudo, Lula logo explicou que a jovem não tinha nenhuma daquelas profissões mas era um destaque do evento.