Política

‘Bolsonaro reitera postura de jamais recorrer à medida de força contra ordem democrática’, diz defesa do ex-presidente sobre vídeo

Ueslei Marcelino/Reuters

Ueslei Marcelino/Reuters

Em nota enviada à imprensa no fim da noite desta sexta-feira, 9, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “o vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura daquele momento de 22 de julho de 2022”.

De acordo com os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fabio Wajngarten, o encontro retratado nas imagens que vieram à tona nesta sexta-feira trata, fundamentalmente, “da cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada”. Como mostrou o site da Jovem Pan, uma gravação foi apreendida pela Polícia Federal na casa do tenente-coronel Mauro Cid e foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) hoje.

Apesar do conteúdo do vídeo mostrar o ex-presidente pedindo uma “reação” dos ministros a respeito de uma suposta fraude no sistema eleitoral, a defesa de Bolsonaro alega que “na reunião ministerial o ex-presidente Bolsonaro reitera, mais uma vez, sua postura de jamais recorrer a qualquer medida de força contra a ordem democrática. Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição.

Opinião pública já conhecida pela sociedade brasileira”. No vídeo, é possível ver a presença de Anderson Torres (ex-Justiça), general Augusto Heleno (ex-Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa), Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Walter Braga Netto (ex-Casa Civil). Todos foram alvos da operação Tempus Veritatis deflagrada na quinta-feira, 8, pela Polícia Federal, em uma investigação de organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.