O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preferiu não comentar, durante um evento no Palácio do Planalto sobre o Programa de Democratização de Imóveis, sobre o ato promovido por Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, em São Paulo.
O petista foi questionado por uma jornalista sobre o assunto. Integrantes de movimentos sociais que acompanhavam a cerimônia vaiaram a profissional de imprensa. Ministros do governo tentaram minimizar a presença de pessoas no evento, enquanto Rui Costa (Casa Civil) destacou a suposta confissão de crimes por parte de Bolsonaro.
Lula participou de uma entrevista no Palácio do Planalto para apresentar um programa de uso social de imóveis abandonados da União, ao lado da ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
Paulo Pimenta (Secom) se recusou a comentar o ato, alegando não ser do governo nem de seu partido. Ele ironizou a situação, mencionando que preferiu assistir a jogos de futebol no domingo em vez de se informar sobre o ato na Paulista.
No domingo, Bolsonaro reuniu apoiadores na avenida Paulista em um ato que ocorreu em meio a investigações sobre uma suposta trama golpista. Diante das investigações em curso, o ex-presidente adotou um tom mais moderado em seu discurso durante o evento, falando em pacificação e pedindo anistia aos presos pelo 8 de Janeiro.
O ex-presidente negou a existência de uma tentativa de golpe, argumentando que não houve ações típicas para isso. Ele destacou a minuta do decreto de estado de defesa como motivo de polêmica, afirmando que não se tratava de uma articulação para se perpetuar no poder.