Milicianos usando coletes semelhantes aos da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), armados, foram interceptados durante uma ação coordenada das polícias Rodoviária Federal (PRF), Militar e Civil, por volta das 4h desta quinta-feira, quando percorriam a Avenida Brasil, na altura do Viaduto Engenheiro Oscar de Brito, em Campo Grande, na Zona Oeste. Houve confronto. Seis bandidos foram baleados e levados para o Hospital Pedro II, onde seguem internados em estado estável. Outros nove, segundo informações da PRF, estão presos.
De acordo com informações da polícia, os bandidos são do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Eles estavam em quatro carros. Eram, ao todo, 16 milicianos no “bonde”. Um deles conseguiu escapar.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE), da Polícia Civil, informou que investigava o bando há pelo menos quatro meses. De acordo com a polícia, o grupo havia saído de Santa Cruz e foi até a favela da Carobinha, em Campo Grande. A interceptação ocorreu quando eles faziam o trajeto de volta.
Por volta das 7h40, os presos começaram a chegar à Cidade da Polícia, alguns usando roupas camufladas semelhantes às usadas pela PM. Eles foram levados para a sede da Draco/IE. As armas apreendidas, a maioria fuzis, também seguiram para a especializada.
Por causa da ocorrência, a Avenida Brasil ficou interditada por quase duas horas, e liberada por volta das 6h30. Muitos motoristas, apavorados com os tiros, deixaram seus carros.
Vídeos postados em redes sociais mostram motoristas parados no trecho onde houve o tiroteio. Eles registraram a intensa movimentação no local.
O miliciano Zinho se estregou à Polícia Federal no dia 24 de dezembro do ano passado. Desde então, há uma disputa por seu espólio que já deixou um rastro de mortes.