Brasil

Ginecologista denunciado é indiciado por importunação sexual

Pelo menos 16 pacientes do ginecologista procuraram polícia para relatar abusos. Inquérito identificou importunação sexual

Ginecologista denunciado é indiciado por importunação sexual. Créditos: Haeckel Dias/SSP

Um ginecologista de 71 anos, foi indiciado pela Polícia Civil (PC) por importunação sexual. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14). O médico foi denunciado por 16 pacientes após consultas ocorridas em Salvador nos últimos meses.

Desde as primeiras denúncias, já se passaram 9 meses. Dos 16 inquéritos abertos, 13 foram encaminhados para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), mas 7 já estavam prescritos e em 6 houve o indiciamento.

“Eu solicitei perícia, eu ouvi testemunhas, então, isso eu não posso fazer de qualquer forma. Eu pedi prorrogação do caso e, por isso, foram investigações que realmente demoraram mais”, disse a delegada Bianca Andrade, responsável pelo caso.

Para a polícia, os crimes sexuais não passaram da importunação. “Que é quando ocorre aquele ato libidinoso, de cunho sexual, com o objetivo de satisfazer o seu lascivo”, completou a delegada.

Além de indiciado por importunação sexual, o ginecologista também é investigado pelo Cremeb

O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) também instaurou um processo ético-profissional contra o médico. Com isso, a conduta do acusado vai ser detalhadamente investigada.

O documento, que foi obtido com exclusividade pela TV Bahia, mostra que o médico tem que apresentar a defesa no prazo de 30 dias. Elziro poderá entregar provas, justificações e apresentar testemunhas.

O Cremeb disse que, até o presente momento, recebeu 7 denúncias sobre o caso citado. deste total, 3 foram arquivadas por falta de pressupostos processuais e 4 viraram processo ético- profissional, todos em fase de instrução.

O que diz a defesa do ginecologista
Em nota, a defesa do médico no processo ético-profissional no Cremeb informou que a investigação tramita em sigilo e, por isso, não pode ser comentada.

Também por nota, os advogados que defendem o médico nos inquéritos policiais negaram as acusações e disseram que Elziro permanece à disposição das autoridades, “firme no propósito de recuperar à sua honra”.