Câmeras de segurança flagraram o acusado consumindo bebidas alcoólicas antes dos acidentes
O motorista acusado de atropelar quatro ciclistas – resultando na morte de um deles – se apresentou na manhã desta quinta-feira, 21, à Delegacia-Geral da Polícia Civil de Alagoas para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Durante o depoimento ao delegado Ricardo Menezes, titular do 12º Distrito Policial de Rio Largo, o acusado preferiu exercer o direito de permanecer em silêncio.
O delegado informou que as investigações sobre o caso já estão bastante adiantadas e provavelmente na próxima semana o inquérito será concluído e remetido à Justiça.
“Este foi um caso de grande comoção na cidade. Desde o acidente, nossos policiais estiveram em campo e iniciaram as investigações. Entramos em contato com a família, que disse que não sabia onde ele estava e orientamos que ele se apresentasse. A advogada da parte entrou em contato e se comprometeu em apresentá-lo hoje. Como ele estava com medo de ser linchado pela população, ele foi ouvido na sede da Delegacia-Geral por ser um ambiente neutro. Durante todo o depoimento, ele preferiu se manter calado”, informou o delegado em entrevista à TV Ponta Verde.
As investigações policiais apontam que o acusado consumiu bebidas alcoólicas em um bar antes dos acidentes. Em um certo momento, ele decidiu pegar seu veículo, Agile, de cor prata, e seguir para casa. No caminho, o condutor acabou atropelando três trabalhadores de uma distribuidora de água mineral próxima ao local do acidente. Um deles, José Ricardo, de 22 anos, morreu na hora, enquanto os outros foram socorridos ao Hospital Geral do Estado (HGE).
Momentos depois, ele atropelou um quarto ciclista, na mesma via. Esta vítima, um homem de 30 anos, também foi levada ao HGE pelo Corpo de Bombeiros, com suspeita de fratura na perna esquerda. Após os acidentes, ele fugiu.
Como as provas apontam que o condutor estava sob efeito de álcool no momento dos acidentes, ele está sendo indiciado por homídio doloso uma vez que assumiu o risco de provocar a morte da vítima.
Após o depoimento, o acusado foi liberado por não existir mais flagrante. No entanto, o delegado informou ainda que já pediu à Justiça a prisão preventiva do acusado.