Justiça

Joana Mendes: assassino é condenado a mais de 37 anos e pagamento de indenização

Ascom MPE/AL

Segundo MP, Arnóbio Cavalcante forjou laudos psiquiátricos

Foi concluído na madrugada desta terça, 2, o julgamento de Arnóbio Henrique Cavalcante Melo. O assassino confesso de Joana Mendes foi condenado a 37 anos, dois meses e sete dias de prisão, além do pagamento de mais de R$ 150 mil de indenização por danos morais à família de Joana. O júri durou mais de 15 horas. SAIBA MAIS.

O julgamento foi marcado por vários confrontos. A defesa do réu pediu a proibição de imagens do tribunal do júri, pedido que foi atacado pelo juiz. Ao fim dos debates, Arnónio Cavalcante tentou mais uma manobra, destituir o advogado, para suspender o julgamento. O juiz Yulli Roter Maia, então, determinou que um defensor público fosse designado, o que provocou o recuo do réu.

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Irmãs de Joana se abraçam

Também durante o julgamento, o promotor Antônio Vilas Boas, responsável pela acusação, demonstrou que Cavalcante tentou fraudar dois laudos psiquiátricos. O promotor falou em fraude processual, alegando que o acusado acostou aos autos dois relatórios psiquiátricos falsos. Tais documentos sugeriam problemas psiquiátricos no Arnóbio. O primeiro relatório, de 2022, foi questionado pela acusação que, desconfiada, pediu à Seris as imagens do dia em que, supostamente, o réu recebeu o médico, e o livro de registros onde constam as assinaturas de quem entrou no presídio. Aí, a Seris respondeu que o psiquiatra n esteve lá naquele dia.

O segundo relatório, de 2023, foi apresentado numa data que jamais poderia ser verdadeira. O motivo é que, em julho do ano passado, o réu já estava solto, após um habeas corpus expedido pelo STJ. Então, ele jamais poderia ter recebido o psiquiatra, uma vez que estava em liberdade.

Depoimentos confirmam relacionamento abusivo

A fase de depoimento das testemunhas deixou claro que Arnóbio e Joana mantinham um relacionamento abusivo, com ameaças, xingamentos, e que a vítima havia tentando encerrar o relacionamento e mudar para Minas Gerais, sendo assassinada antes disso.

O julgamento também foi marcado por muita emoção entre familiares e amigos de Joana. As irmãs da vítima choraram e se abraçaram quando o juiz anunciou a sentença, que deverá ser cumprida imediatamente.

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Julgamento durou mais de 15 horas