Interior

Mulher de 93 anos é encontrada em situação de abandono, trancada e sem comida

Foi constatado que a idosa ficava o dia todo trancada no imóvel e não dispunha da chave do loca. Também não havia comida na geladeira e o fogão não tinha botijão de gás

Uma idosa de 93 anos que se encontrava em situação de abandono foi resgatada, recebeu atendimento médico e foi encaminhada para para a Instituição de Longa Permanência “Casa do Pobre Santo Antônio”, durante a última semana,  no município de Branquinha, interior de Alagoas. O caso foi divulgado nesta terça-feira, 02, pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) que acompanhará o caso através do defensor público João Augusto Sinhorin.

Ascom DPE/AL

Idosa de 93 anos resgatada em Branquinha

Segundo informações da entidade, a situação chegou ao seu conhecimento na última terça-feira (26) por meio de uma denúncia realizada pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município, que constatou que a idosa vivia sozinha em condições precárias.

Já no dia seguinte, a Defensoria Pública ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) durante o plantão judiciário, solicitando medidas de proteção à idosa para que fosse retirada de seu domicílio e colocada em uma Instituição de Longa Permanência. Este pedido foi deferido no mesmo dia pelo Poder Judiciário.

“Com a decisão judicial em mãos, nos dirigimos na manhã de quinta-feira (28) para dar cumprimento à ordem judicial. Ao chegar na residência, foi constatado que a idosa ficava o dia todo trancada no imóvel, não dispunha da chave do local (que estava em posse de uma nora que residia a uma certa distância da casa), não havia comida na geladeira (que estava desligada, inclusive), o fogão não tinha botijão de gás e, no horário da visita, a idosa ainda não havia se alimentado. As condições de higiene eram precárias, além disso, a idosa fazia uso de remédios vencidos e tinha roupas “limpas” com bolor de mofo”, relatou o defensor público.

Reprodução

Quase não havia mantimentos na casa e nem gás

Após a constatação, a Defensoria Pública acionou a saúde municipal para avaliação da situação de saúde física e mental da idosa. Na oportunidade, os profissionais de saúde constataram que a idosa não recebia acompanhamento pelo serviço de saúde há mais de um ano, devido à omissão dos familiares em receberem as equipes de saúde na família. Além disso, ela não estava com a vacinação contra COVID e Influenza em dia.

A Instituição informou que continuará acompanhando o caso com o objetivo de garantir que a cidadã receba o devido acompanhamento de assistência social, psicológico e de saúde.