Um paciente do Hospital da Restauração (HR), no Derby, região central do Recife, roubou a arma de uma vigilante e matou a tiros outro segurança do local, na madrugada desta sexta-feira (26). Conforme apurou a TV Globo, o agressor também foi morto a tiros por outros seguranças da unidade ao tentar fugir do local.
Outro vigilante também foi atingido pelo paciente, mas não se feriu graças ao colete a prova de balas.
O crime aconteceu por volta das 4h30. O paciente estava na sala vermelha do hospital, que é a maior emergência pública das regiões Norte e Nordeste.
Ele roubou a arma de uma vigilante e, logo em seguida, outro segurança do local, identificado como Nivaldo Bezerra da Silva, tentou recuperar o armamento. O agressor, então, atingiu o trabalhador com dois tiros. Profissionais tentaram reanimar a vítima, mas ela não resistiu.
O paciente tentou fugir por uma saída por trás do hospital, por meio de uma escada que dá acesso ao estacionamento de ambulâncias. Lá, rendeu um motorista e tentou fugir, mas foi interceptado por outros vigilantes do HR, que atiraram nele. O paciente também morreu.
Acompanhantes de pacientes internados no HR contaram que ouviram muitos tiros e que correram com medo. Uma mulher identificada apenas como Valéria contou que está no local com a mãe de 80 anos, que quebrou os punhos e espera por uma cirurgia. Ela afirmou que um outro paciente foi atingido por estilhaços de bala.
“Minha mãe, está no corredor. Ela estava deitada bem próximo ao local onde o fato aconteceu e o rapaz que estava lá foi atingido com estilhaços e está lá machucado. […] A emergência estava lotada, muita gente no chão, todo mundo saiu correndo, foi um desespero”, disse.
O homem que roubou a arma era um paciente do interior. Não se sabe por que ele estava internado, nem de onde ele é.
Por volta das 7h, a Polícia Civil levou os dois vigilantes sobreviventes para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Foram apreendidas as armas dos trabalhadores, incluindo a que estava com o paciente.
O Hospital da Restauração, a Polícia Civil e a Polícia Militar foram procurados, mas não responderam até a última atualização desta reportagem.