O Ministério Publico de Alagoas (MPAL) ofereceu, nesta quinta-feira, 02, denúncia contra a mãe e padrasto da criança de 4 anos socorrida no último final de semana, em Palmeira dos Índios, agreste do estado, após ser vítima de agressão. O casal deverá responder por lesão corporal grave, omissão de socorro e maus-tratos.
Após denúncias, o menino foi encontrado com marcas e inchaço na coxa direita, sem firmeza além de hematomas e escoriações pelo corpo. Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento do município, onde foi constatado fraturas no fêmur e costelas.
O promotor de Justiça Ivaldo Silva é quem esta à frente do caso que, para ele, exige punição severa como resposta à sociedade.
“Estamos diante de um caso de extrema violência, quando a pessoa que deveria ofertar amor e proteção, toda a condição de amparo, foi omissa e preferiu acobertar o companheiro quando brutalmente espancava seu filho de quatro anos. Uma criança indefesa que barbaramente teve o fêmur quebrado. O que pedimos é que sejam responsabilizados, condenados e paguem por pelos três crimes narrados”, afirma o promotor de Justiça.
A 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, sob titularidade do promotor de Justiça Luiz Alberto Holanda, pedirá também a perda da guarda da genitora, por entender a incapacidade de permanência do menor sob tutela de sua agressora.
A mulher, de 25 anos, foi presa por uma equipe do 10º BPM no último sábado (27). Foi pedida a manutenção da sua prisão preventiva.
Já seu companheiro, de 39 anos, é procurado pela polícia, após fugir pelos fundos da casa durante a abordagem. Na noite do mesmo dia, populares invadiram a residência da família em busca do suspeito na intenção de fazer justiçamento, mas não encontraram ninguém.
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Caso
No dia 24 de abril de 2024, por volta das 8h, no Conjunto Brivaldo Medeiros, Quadra Q, Lote 26, no bairro Graciliano Ramos, município de Palmeira dos Índios, uma criança de 4 anos foi brutalmente espancada.
A polícia foi acionada e , chegando ao local, a mãe teria negado a situação com o intuito de proteger o seu companheiro e padrasto da vítima.
“Mesmo vendo que a criança sofrera agressões graves e diante da situação em que se encontrava, com a perna quebrada, a mãe não prestou a menor assistência, quiçá levou o menino para receber atendimento hospitalar. Inaceitável”, reforça o promotor Ivaldo Silva.
No entanto, o Conselho Tutelar do município buscou ajuda relatando a mesma ocorrência. Por conta disso, os policiais retornaram à residência do casal e lá avistaram uma pessoa fugindo pelos fundos da casa. No caso, o padrasto da vítima.
Para não ser acusada das agressões, a mãe chegou a levar a criança para outra casa nas proximidades, mas a policia decidiu verificar a situação do menino. No endereço informado, depararam-se com a criança deitada, com várias lesões além de uma possível fratura no fêmur.
“Então o Conselho Tutelar levou a criança até UPA para atendimento emergencial e lá foi verificada a gravidade da agressão, constatando por exames que havia fratura em seu fêmur”, evidencia o membro ministerial.