Antônio Brum criticou decisão da entidade em marcar reunião entre clubes da Série A apenas para 27 de maio
O vice-presidente de futebol do Grêmio, Antônio Brum, utilizou as redes sociais na noite deste domingo (12) para fazer duras críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por meio de sua conta no Instagram, o dirigente detonou a convocação de um Conselho Técnico Extraordinário para o dia 27 de maio no intuito de discutir uma possível paralisação da Série A.
“Discutir a paralisação do Brasileirão no dia 27/05? Que tipo de brincadeira de mau gosto é essa, CBF? Vocês realmente não entenderam o que estamos passando aqui”, escreveu Brum.
De acordo com o comunicado da CBF, o principal tema do encontro será a situação dos clubes gaúchos e temas relativos à continuidade do Brasileirão. A reunião vai tratar do futuro da competição e contará com representantes de todos os 20 clubes.
A entidade que regulamenta o futebol nacional cita “aspectos técnicos das competições bem como a situação de registro e transferência de atletas, questões jurídicas com relação aos acessos às competições internacionais como Libertadores, Sul-Americana e Mundial de Clubes e questões de direitos de transmissão e patrocínio”.
A possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro, defendida pelos clubes da Liga Forte União, além de alguns atletas que também já se manifestaram, não foi abordada no texto.
Os clubes gaúchos, afetados pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, tiveram os jogos adiados justamente até o dia 27 de maio, data da reunião. O Conselho técnico será realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
O Governo Federal, através do Ministério do Esporte, também solicitou a paralisação do Campeonato Brasileiro.
Temporais no RS
O número de mortes pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 145. Segundo a Defesa Civil, outras 132 pessoas estão desaparecidas e 806 ficaram feridas devido aos efeitos das intempéries.
O impacto atingiu 447 municípios, afetando inúmeras comunidades. Até o momento, 81.200 pessoas encontram-se em abrigos, enquanto 538.743 foram desalojadas, buscando refúgio em meio à emergência.