Justiça

Após 11 anos, PM de São Paulo e irmão serão julgados pelo assassinato de tio em Alagoas

A policial militar de São Paulo, Waldireni Araújo da Silva, e seu irmão, Salustiano Araújo da Silva, serão julgados na próxima sexta-feira, 24, pelo assassinato do fazendeiro Antônio Castro Araújo, ocorrido em 2013 na cidade de Tanque D’Arca .

O Júri Popular, que será presidido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal da Capital, aconteceu a partir das 8h30 do dia 24 de maio no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.
Os réus já foram condenados em primeiro julgamento ocorrido em 06 de novembro de 2017. Contudo, a defesa interpôs recurso de apelação com pedido de desaforamento. Após análise, a Câmara Criminal do TJ/AL anulou o Tribunal do Júri sob o argumento de parcialidade dos jurados. Assim, os réus serão submetidos a novo julgamento 11 anos após o crime.

Os irmãos são acusados de assassinar o fazendeiro e tio, Antônio Castro de Araújo em oito de março de 2013. Segundo os autos, a vítima morreu durante uma emboscada por conta de disputa de terras. O fazendeiro foi morto a pauladas, golpes de faca e facão.

Nas investigações, a Polícia Civil de Alagoas descobriu que o fazendeiro tinha comprado as terras de sua irmã, mãe de Waldirene e Salustiano Araujo, mas a mulher queria desfazer o negócio. No entanto, ela não devolveu a quantia recebida pelo irmão e a briga acabou indo parar na Justiça.

Antes do veredicto da Justiça, a irmã de Antônio Castro chamou os filhos para que resolvessem a situação da venda das terras. Quando Wladireni Araújo, seu marido e o irmão chegaram a Alagoas, o fazendeiro foi assassinado de forma cruel.

Em depoimento, o filho da vítima informou que ainda tentou reanimá-lo, mas já era tarde demais. “[…] o declarante seguiu a procura de seu pai e ao se aproximar no terreno Mangueirinha, propriedade da mãe da vítima, observou o corpo de seu pai, caído em terras de sua propriedade. O declarante tentou reanimá-lo tirando o pau que estava colocado na boca da vítima, que ao perceber que seu pai se encontrava morto o declarante percebeu que havia ao redor do mesmo, pedras, facão, faca, pau, bem como uma máquina fotográfica, boné e celular”, diz o processo.

Os réus estão sendo julgados pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe, emprego de meio cruel e com uso de recurso que tornou impossível a defesa do ofendido.