As forças de segurança do Estado deflagraram três operações simultâneas para combater a criminalidade em Alagoas. Alguns mandados estão sendo cumpridos em Santa Catarina, na cidade de Pomerode, no Vale do Itajaí. Uma coletiva será concedida na tarde de hoje, 23, para repassar os detalhes da investigação à imprensa.
As operações ocorrem em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público do Estado de Alagoas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Ao todo, 26 mandados de prisão e 53 busca e apreensão estão sendo cumpridos. Dezoito alvos já se encontram presos.
As ações integradas acontecem em Maceió, Rio Largo, Arapiraca e outros cinco municípios do interior alagoano. As investigações visam combater o tráfico de entorpecentes e o porte ilegal de arma de fogo. Foram apreendidos um revólver e munição.
Do total de prisões, 13 foram na Operação Caroá e ocorreram nos municípios de Dois Riachos (3), Santana do Ipanema (4), Craíbas (1), Arapiraca (1), Maceió (3), Pomerode/SC (1).
Na operação Sucessão, cinco pessoas foram presas, sendo três em Rio Largo e duas em Maceió.
Operação SUCESSÃO
A operação Sucessão cumpre 14 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo. Segundo as investigações, o grupo atuava especialmente na região da Mata do Rolo e nos bairros da capital que ficam próximos aquela localidade.
A operação ganhou este nome em razão do líder da organização criminosa ter recebido uma espécie de “espólio do crime”, em razão da prisão do seu irmão, tido como uma das principais lideranças do tráfico de drogas na região, havendo, portanto, uma sucessão de ativos criminosos (“herança do crime”).
Operação CAROÁ
A ação desarticula uma organização criminosa que atua no Sertão, Agreste e também na capital alagoana e cumpre 12 mandados de prisão e outros 25 de busca e apreensão nos municípios de Maceió, Santana do Ipanema, Dois Riachos, Arapiraca, Craíbas e, ainda, em Pomerode, no estado de Santa Catarina.
O nome da operação se dá em razão de “Caroá” ser uma planta nativa da Caatinga, vegetação típica do Sertão, onde a Orcrim iniciou suas atividades delituosas. Os líderes do grupo também são nativos da região, apesar de alguns já terem se mudado para Maceió e para fora de Alagoas.
Operação CAMUXINGA
Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Santana do Ipanema, Senador Rui Palmeira, Poço das Trincheiras e São José da Tapera. A investigação visa desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico de entorpecentes no Sertão alagoano. A ação ganhou o nome de “Camuxinga” em referência ao principal bairro da área de atuação do grupo criminoso, localizado em Santana do Ipanema.