Conforme dados da Confederação Nacional de Saúde, com base no Caged, foram menos 320 postos formais no Estado
Os números foram divulgados pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) que tem, entre as entidades filiadas, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas (Sindhospital AL). O documento intitulado “Boletim Mercado de Trabalho da Saúde” é resultado de uma iniciativa da Diretoria de Relações do Trabalho e Sindical da CNSaúde que analisou os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
A análise foi realizada em âmbito nacional e por estado, mais o Distrito Federal. O levantamento permite quantificar a criação de novos empregos, além de analisar informações sobre o perfil dos trabalhadores formais da saúde, como escolaridade, idade e sexo.
No Brasil, sobre o número de postos de trabalho formais, a saúde é o terceiro maior setor econômico em número de postos de trabalho, acima de setores como a construção civil (2.748.069), transporte (2.699.040) e agricultura (1.785.470).
Conforme o boletim, é incontestável a predominância de mulheres no setor saúde. No Brasil, elas representam cerca de 76%. As atividades relacionadas à saúde representam cerca de 6,5% do total de ocupações no território nacional, ou seja, 1 a cada 15 empregos no país.
Dados locais
Em Alagoas, conforme o boletim, sobre o saldo da geração de emprego no setor saúde, por grau de instrução, foi negativo com os seguintes números: fundamental completo (- 70); superior completo (- 69); médio completo (- 63); médio incompleto (- 54); fundamental incompleto (- 34); superior incompleto (- 22) e analfabeto (- 8).
Quanto ao saldo da geração de emprego no setor saúde por faixa etária, no Estado, o resultado foi o seguinte: até 17 anos (38); 18 a 24 anos (402); 25 a 29 (107); 30 a 39 (- 359); 40 a 49 (- 249); 50 a 64 (- 225); 65 ou mais (- 34).
No acumulado janeiro/dezembro 2023, o posto de trabalho que mais sofreu impacto com 247 desligamentos foi o de técnicos de enfermagem, seguidos dos enfermeiros (70), auxiliar de enfermagem (16) e instrumentador cirúrgico (1).
Para o presidente do Sindhospital, Erivaldo Cavalcante Júnior, as demissões aconteceram em decorrência de algumas situações, a exemplo do aumento de insumos e tabelas congeladas. “A manutenção dos estabelecimentos de saúde requer uma quantia volumosa e muitos estabelecimentos de saúde são levados a demitir para conseguir manter o pagamento dos fornecedores e dos funcionários”, comentou Erivaldo.