Política

Governo pressiona e líderes devem aceitar texto separado para “taxa da blusinha”

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A ofensiva do Palácio do Planalto, no fim de semana, contra o fim da isenção sobre as compras em sites internacionais de até US$ 50 surtiu efeito e reverteu apoios no Congresso Nacional.

Se na semana passada a maioria dos líderes partidários defendia a “taxa da blusinha”, o clima mudou nesta segunda-feira (27) após movimento que contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nesta terça-feira (28), líderes partidários já admitem que a iniciativa perdeu força e que o melhor é realmente aceitar a proposta do governo federal e analisar a “taxa da blusinha” em um projeto de lei separado.

Segundo apurou a CNN, a atuação de Haddad foi crucial. O ministro, que antes se esquivava do assunto, passou a defender que o tema foi polarizado e que é necessário discuti-lo de maneira técnica.

O compromisso do ministro em retomar a discussão arrefeceu os ânimos contra o governo federal, de acordo líderes partidários.

A decisão sobre retirar o fim da isenção do Mover será tomada em reunião, no início da tarde, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A condição defendida na Casa Legislativa é de que o Ministério da Fazenda envie, ainda em junho, um projeto de lei para taxar as compras internacionais.

A mudança de rumo também se deu por conta do Senado. No fim de semana, senadores governistas iniciaram movimento de suprimir a “taxada blusinha” do Mover caso ela fosse aprovada pela Câmara dos Deputados.

O diagnóstico foi o de que, no fim das contas, a Câmara dos Deputados levaria todo o ônus de criar um imposto que prejudicaria a classe média.